O deputado Fernando Marroni (PT-RS) celebrou na tribuna da Câmara, nesta semana, o resultado do estudo produzido pelos professores Cleveland Jones e Hernane Chaves, do Instituto Nacional de Óleo e Gás da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), divulgado na quarta-feira (12), que revela a possibilidade de elevar a produção dos atuais 40 bilhões para 176 bilhões de barris de petróleo e gás na camada de pré-sal.
“A estimativa é que o polígono do pré-sal contenha os 176 bilhões de barris de recursos não descobertos e recuperáveis de petróleo e gás natural (barris de óleo equivalente). Isso é quatro vezes mais do que os 40 bilhões de barris que já foram descobertos na área”, comemorou Marroni. O polígono está situado nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
O deputado reafirmar a importância de a Petrobras está no controle da exploração do pré-sal, principalmente no momento em que essa riqueza corre o risco com o projeto de lei (PLS 331/2015) do senador do PSDB José Serra, que altera o regime de partilha e retira da Petrobras a participação mínima de 30% na exploração do pré-sal.
“Vejam o quanto é estratégico para o nosso País manter o regime de partilha e manter a Petrobras como operadora única do pré-sal, porque diz respeito à maior riqueza, à maior quantidade de petróleo identificada no século XXI”, alertou Marroni.
De acordo com Marroni, o professor Chaves acenou com a previsão de 90% de chances de se tornar realidade e com 10% de probabilidade desse número chegar a 204 bilhões de barris. Para o professor, esse número “vai crescendo de acordo com as descobertas”.
A partir dessa premissa, o deputado considerou ainda mais a necessidade de defender o pré-sal e a soberania nacional da sanha entreguista dos tucanos que atuam no Congresso Nacional. “Recentemente, o vice-presidente nacional do PSDB admitiu, publicamente e com todas as letras, que ‘o PSDB não tem projeto para o País’. Mas, projeto de entrega do País, eles têm. E agora, descaradamente, querem entregar o pré-sal. A entrega está no sangue dos tucanos. Eles têm o DNA entreguista”, criticou.
Benildes Rodrigues