A deputada Marina Sant’Anna (PT-GO) ocupou a Tribuna da Câmara dos Deputados para lamentar a situação de crise que se instaurou na Comissão de Direitos Humanos e Minorias desde o início de março, quando assumiu a presidência do colegiado o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP). De acordo com Marina, é inadmissível que uma comissão criada também com o objetivo de amplificar a voz das minorias estigmatizadas se reúna a portas fechadas, no Congresso, que tem como premissa ser uma casa aberta e do povo.
“Essa situação insustentável tem que findar. Essa comissão deveria trabalhar aberta, com celeridade, lealdade e transparência, e, acima de tudo, dar voz a todos os movimentos sociais que, por total necessidade e privação dos seus direitos, se interessam pela sua pauta”, disse.
Lembrou a deputada no seu discurso a Declaração Universal de Direitos Humanos que diz “que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.
Para a deputada, no entanto, não é isso que temos presenciado por meio de declarações agressivas e discriminatórias do deputado pastor Marco Feliciano, que vão de encontro a tudo que se espera de um presidente no comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
A deputada citou ainda o filósofo espanhol José Ortega y Gasset que disse: “podemos pretender ser quanto queiramos; mas não é lícito fingir que somos o que não somos”.
Reiterou Marina que o Brasil é um país laico, democrático, miscigenado e pluralista. “O Congresso Nacional é a casa do povo e não a assembleia de um só Deus”, finalizou.
(PT na Câmara com Assessoria Parlamentar)