Primeira mulher a comandar o Ministério dos Direitos Humanos e no quarto mandato parlamentar na Câmara, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) lembra que o dia 8 de março é um tempo de apoio mútuo entre as mulheres e afirma que este ano, todos os dias vai ter um pouquinho de 8 der março. “Todas as vezes que uma mulher se posiciona e apoia a outra, todas as vezes que enfrenta a opressão contra quem quer que seja, é 8 de março”, reforça.
Para Maria do Rosário também, todas as vezes que a gente se incomoda quando reduz políticas sociais, como tem acontecido desde o golpe de 2016, com impacto na vida de todos os brasileiros, mas sobretudo sentidas pelas mulheres, “aí é 8 de março”.
A deputada cita que é 8 de março também quando se tenta destruir a Previdência pública, que estava focado em retirar direitos e que penaliza ainda mais as mulheres ou quando o desemprego bate à porta das mulheres, já que a luta para conseguir a recolocação no mercado de trabalho é maior, “ainda mais quando são mulheres da periferia e negras”.
“Quando a violência toma conta, embrutece, massacra corpo e alma, toda a dimensão psicológica, e a gente sabe dizer para as mulheres: vocês não precisam viver com violência, não precisam baixar a cabeça para quem quer que seja. Dizer assim, é 8 de março”.
É fundamental ainda, de acordo com a deputada, que as mulheres superem os medos, porque é 8 de março. E destaca entre as prioridades no Parlamento para este ano, a PEC 66/03, de sua autoria, que proíbe a diferença de salários e de exercício de função e de critério de admissão por motivo de discriminação por orientação e expressão sexual, etnia, crença religiosa, convicção política, condição física, psíquica ou mental.
