Foto: Luiz Macedo/Agência Câmara
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) destacou o importante trabalho dos comitês instituídos em todo o Brasil e das Comissões da Verdade nos Estados que têm revelado situações de violência atroz, como, por exemplo, aquelas de que a sociedade brasileira tomou conhecimento nos primeiros meses deste ano, reveladas pelo Coronel da Reserva e torturador Paulo Malhães.
Para a deputada, ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Dilma, o assassinato de Malhães, na última semana, é um ponto a ser investigado com total dedicação. “Ainda que se trate de um crime a ser investigado pela perícia e pelas autoridades do Rio de Janeiro, na semana passada ainda nos posicionamos pela participação e colaboração da Polícia Federal, ao que o Ministro da Justiça assentiu, e a própria Ministra Ideli, na área de direitos humanos”, disse.
Segundo ela, o acompanhamento do caso por parte da sociedade é também fundamental, inclusive porque Paulo Malhães revelou, no seu primeiro depoimento, a Nadine Borges, a Wadih Damous e a todos os integrantes da Comissão da Verdade, então no Rio de Janeiro, o seu envolvimento no assassinato e desaparecimento do corpo do Deputado Rubens Paiva. “Há a responsabilidade, portanto, desta Casa no acompanhamento — ainda que ele tenha negado posteriormente”, disse.
A deputada alertou para a gravidade da violência, que age como uma espiral que a cada volta cresce mais, envolvendo a sociedade. “As ações do Estado devem ser, em tudo, voltadas a proteger a vida. Especialmente as perícias têm uma responsabilidade adicional, a responsabilidade de agirem eticamente e de desvelarem a verdade em cada acontecimento, para que a impunidade não aja, como disse Martin Luther King, como espiral, tomando a sociedade e fazendo com que as pessoas não creiam nas ações da democracia”.
Equipe PT na Câmara