A deputada Margarida Salomão (PT-MG) realizou neste final de semana série de visitas à atividades do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Ela esteve no sábado (22), em Visconde do Rio Branco, no assentamento Olga Benário. Já no domingo (23), foi a Campo do Meio, no Sul de Minas, conhecer as atividades do grupo naquela região.
Em Visconde do Rio Branco, Margarida foi recebida pelo coordenador do local, Edilei Cirilo da Silva, que explicou o funcionamento e apontou as demandas do assentamento. Segundo ele, a ocupação se deu em 2005, num latifúndio de 816 hectares que, na época, estava abandonado havia 12 anos. Ele informou que a situação está regularizada há sete anos, mas falta a homologação do processo de compra e venda. Atualmente 30 famílias dividem e produzem na terra.
A principal atividade da fazenda é a pecuária leiteira, com produção de cerca de mil litros por dia. O coordenador informou que já existe um projeto para implantação de um laticínio, mas falta verba para viabilizá-lo. Margarida, defensora da agricultura familiar como estratégia para o desenvolvimento da região, aprovou a iniciativa. “Vou tentar, através de emenda parlamentar, pleitear recursos, dentro do orçamento de 2014, para contribuir com a instalação da agroindústria, que junto com a agricultura familiar já praticada aqui, os tornarão sustentáveis”.
A deputada afirmou que o assentamento necessita tanto da ajuda do governo quanto da sociedade para ser bem sucedido.
No domingo, Margarida conheceu as diversas atividades ali realizadas pelo MST. Desde 1997, funciona ali o assentamento Primeiro do Sul, e desde 2005 o assentamento Santo Dias. Cada um possui trinta famílias instaladas, produzindo todo o ciclo do café orgânico — além do grão, a atividade leiteira e da cana-de-açúcar também é desenvolvida, para gerar os insumos necessários.
Na cidade, há ainda um pré-assentamento, o Nova Conquista, situado num terreno de 300 hectares, onde anteriormente funcionava a Usina Ariadnópolis, do CAPIA (Companhia Agrícola Irmãos Azevedo). O MST hoje luta para conseguir desapropriar o restante das terras da companhia, falida há muitos anos, e com dívidas de mais de R$ 300 milhões.
Assessoria Parlamentar