Margarida Salomão: Problema das universidades é político

“O Ministro da Educação cai em profunda contradição quando diz que o colapso das Universidades Federais e institutos de pesquisa brasileiros é uma questão de gestão e que os reitores precisam se adaptar ao novo cenário. Não, Ministro. Esta é uma questão política, de prioridade”, afirmou a deputada Margarida Salomão (PT-MG), rebatendo a fala do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), nesta quarta-feira (30).

De acordo com matéria da Globonews, dados do MEC obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, apontam que 44 das 64 universidades federais do país tiveram seu orçamento afetados por cortes, na comparação com o primeiro semestre de 2016.

O ranking das dez universidades com os contingenciamentos mais expressivos inclui grandes universidades como a Unifesp (5ª colocada), UFRJ (8º lugar) e UFPE (7º lugar). Em dez dessas universidades o corte neste ano superou os 20% da verba repassada ao longo dos seis primeiros meses de 2016.

Para Margarida Salomão, que preside a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, o Sistema Nacional de Educação Superior foi responsável por consolidar grandes entidades nas áreas de pesquisa, de formação e pela interiorização da educação superior. Por isso, não pode estar sob ameaça.

“A universidade deve ter uma situação de tranquilidade para que as pessoas possam pensar, se formar, produzir. Por isso precisamos lutar e exigir que os recursos para as federais sejam imediatamente disponibilizados”, afirmou a parlamentar.

Para concentrar ações e medidas nesse sentido, a deputada explica que está em construção no Congresso Nacional uma comissão geral que contará com as Assembleias Legislativas dos estados. “O objetivo é que esse drama mobilize as bancadas porque se trata de uma situação intolerável, que compromete não só uma geração de estudantes, mas também a economia dos municípios e estados que abrigam as instituições”, explica Margarida Salomão.

(AP)

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