O Ministério da Saúde anunciou, na última semana, um pacote de medidas que vai contribuir para estimular as indústrias brasileiras do setor. Parcerias firmadas entre oito laboratórios públicos e privados, para produção de medicamentos e equipamentos, vão gerar, em cinco anos, uma economia de R$ 354 milhões. Exemplo disso é a retomada da produção de insulina no Brasil, destacada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) acredita que esse cuidado com a saúde é um fator que vai contribuir para o desenvolvimento brasileiro e também da Zona da Mata, já que a região reúne empresas deste ramo. “O governo está convencido de que, se há oportunidade de termos no Brasil uma nova indústria de classe mundial, essa é exatamente a indústria farmacêutica”. As medidas incluem concessão de crédito – R$ 7 bilhões no total – para empresas com projetos inovadores na área de saúde, além de investimento de R$ 1,3 bilhão na infraestrutura de laboratórios públicos.
Para Margarida, é necessário seguir o exemplo de outros países, como a Inglaterra, de colocar recursos públicos para adquirir medicamentos fabricados por empresas brasileiras. “Com isso nós vamos, inclusive, contribuir para o equilíbrio da balança comercial”. Ela lembra que hoje uma grande quantidade de recursos é gasta com a importação de medicamentos que podem ser produzidos no Brasil, especialmente aqueles mais caros. “Esses medicamentos, que constituem apenas 4% do total de remédios importados pelo Brasil, custam 37% do montante, é uma desproporção imensa”. Segundo a parlamentar, “colocar dinheiro do governo no estado para fortalecer o setor farmacêutico e ao mesmo tempo equilibrar a balança comercial, além de ter uma indústria de porte mundial no Brasil é uma iniciativa que devemos considerar muito benéfica”.
Assessoria Parlamentar