O deputado Marcon (PT-RS) registrou em plenário, na última semana, uma estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) que revela que o herbicida glifosato, encontrado em diversos alimentos, causa autismo. Segundo o estudo até 2025, se não houver nenhuma prevenção, 50% das crianças nos Estados Unidos nascerão com autismo.
De acordo com o deputado Marcon, a população brasileira tem que se informar, porque esse produto é encontrado na maior parte dos alimentos consumidos no Brasil. “O produto, aqui no Brasil, é comercializado pelo Roundup, da Monsanto. Estamos jantando glifosato em quase todos os alimentos que ingerimos, e ele está causando doenças graves. A Dra. Seneff, responsável pelo estudo diz que, embora os traços de glifosato em cada alimento possam não ser grandes, é o seu efeito cumulativo que é motivo de preocupação. O veneno tem sido encontrado no sangue e na urina de mulheres grávidas, e ele tem aparecido até mesmo em células fetais”, explicou.
Segundo a pesquisa, grande parte dos alimentos em prateleiras de supermercado contém milho e soja transgênicos, todos com pequenas quantidades de vestígios de glifosato. Isto inclui refrigerantes adoçados com alto teor de frutose (geneticamente modificados) e xarope de milho, batatas fritas, cereais, doces, e até mesmo barras de proteína de soja. Grande parte da carne e aves também é alimentada com uma dieta de milho e soja transgênicos, os quais também contêm traços de glifosato.
Agricultura Familiar – O deputado Marcon defendeu a agricultura familiar como aliada para o consumo de uma alimentação saudável. “Há muito tempo a gente vem alertando que a indústria transgênica de alimentos está levando nossa população à morte. Por isso, defendemos uma alimentação saudável e orgânica, e entendemos que a agricultura familiar é a nossa grande esperança por uma saúde melhor para todos.
Outras doenças – Ainda segundo o estudo, o uso excessivo de glifosato na alimentação está causando doenças como Alzheimer, autismo, câncer, doenças cardiovasculares e deficiências da nutrição, entre outros.
A pesquisa foi coordenada pela bióloga e PhD, Stephanie Seneff, que já publicou mais de 170 artigos acadêmicos e estudou essas doenças por mais de três décadas. Ela aponta os transgênicos como um dos principais contribuintes para doenças neurológicas em crianças.
Gizele Benitz
Foto: Lucio Bernardo Jr./Agência Câmara