O deputado Marcon (PT-RS) classificou como “uma vitória do movimento social” a condenação a 115 anos de prisão do fazendeiro Adriano Chafik, acusado da execução de cinco trabalhadores rurais em 2004, no episódio que ficou conhecido como massacre de Felisburgo.
A sentença foi dada na última sexta-feira pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. “A justiça, mesmo com a sua lentidão, está dando as respostas que se espera para esse tipo de crime, cadeia para esse assassino!”, afirmou Marcon.
O parlamentar criticou os mecanismos que permitem que Chafik ainda não seja preso. “Infelizmente existem brechas no nosso sistema judiciário que permitem que apesar de condenado Adriano Chafik tenha saído do Fórum de Belo Horizonte em liberdade até que se julguem os recursos da defesa desse assassino”. Chafik ainda não foi preso porque o alvará de prisão só será expedido após transitada em julgada a decisão do habeas corpus.
O chamado Massacre de Felisburgo ocorreu em 20 de novembro de 2004, no acampamento Terra Prometida, em Felisburgo (MG), a cerca de 740 quilômetros de Belo Horizonte. Os agricultores Iraguiar Ferreira da Silva, de 23 anos; Miguel Jorge dos Santos (56); Francisco Nascimento Rocha (72); Juvenal Jorge da Silva (65) e Joaquim José dos Santos (48) foram mortos à queima-roupa.
Gizele Benitz