Os deputados Marcon (PT-RS) e Luiz Couto (PT-PB) criticaram durante pronunciamentos no plenário da Câmara, nesta terça-feira (21), a intenção do governo Temer de ressuscitar a Reforma da Previdência na Câmara. Segundo eles, as mudanças propostas pelo governo- mesmo desidratadas em relação à ideia inicial, por conta da perda de apoio político do governo após as denúncias de corrupção-não podem ser aprovadas porque atacam frontalmente os direitos do povo brasileiro.
“A Reforma da Previdência, essa maldita reforma, quer atacar os de baixo, quer atacar os trabalhadores, quer atacar os pequenos. Não dá para tratar os diferentes como iguais. Eles falam que têm que atacar os altos salários, mas querem comparar quem trabalha em escritório ou em outro ambiente parecido com os trabalhadores que pegam no pesado. Isso não pode acontecer”, disse Marcon.
O parlamentar gaúcho também denunciou que o governo Temer está negociando espaços de poder no Executivo em troca de votos para aprovar a Reforma da Previdência.
O deputado Luiz Couto denunciou ainda outra manobra espúria do governo Temer para aprovar a retirada de direitos previdenciários do povo brasileiro. Segundo ele, o governo agora quer votar uma Reforma da previdência com número reduzido de temas, para depois retirar mais direitos por medida provisória ou decretos presidenciais.
“O governo brinca com a população brasileira: manda a PEC 287/16 para cá, não consegue votos para aprová-la e agora vem fazer uma minirreforma da Previdência, tirando aquilo que pode ser depois incluído por medida provisória ou decreto e colocando só o que tem que passar pela mudança da Constituição”, explicou.
Segundo ele, a intenção do governo Temer é “apenas prejudicar os mais pobres” e por isso é necessário “resistir a retirada de direitos”.
Héber Carvalho