Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado Marcon (PT-RS) defendeu nesta semana o envio, por parte do governo, de um projeto de lei para que as grandes fortunas, a exemplo do que ocorre em outros países, sejam taxadas. Ele lembrou que, historicamente no Brasil, quem mais paga imposto são os que estão na base inferior da pirâmide social do País.
“Está na hora de os ricos pagarem imposto. E é por isso que eu defendo que o governo mande para esta Casa uma proposta nesse sentido, ou que se vote um dos vários projetos de taxações das grandes fortunas que tramitam nesta Casa”, argumentou Marcon.
“É isso que temos que votar aqui, para ver se os deputados, que, muitas vezes, fazem um discurso fácil sobre impostos e várias questões vão acompanhar a taxação das grandes fortunas, como há em outros países”, desafiou.
O deputado ressaltou que, entre os sete tributos federais previstos na Constituição, o imposto sobre grandes fortunas é o único que ainda não saiu do papel e, até hoje, encontra-se sem regulamentação. Ele ressaltou ainda que a taxação de grandes patrimônios poderia render cerca de R$ 100 bilhões por ano. Isso – explicou o deputado – se fosse aplicada uma alíquota de 1% sobre valores acima de R$ 1 milhão.
“Deixo para esta Casa, a reflexão de que a taxação de grandes fortunas e dos juros de bancos privados serviria, em muito, para o País dar o salto necessário de recuperação das contas públicas de forma justa, para que aqueles que mais ganharam e lucraram nos últimos anos possam contribuir mais para o equilíbrio fiscal”, afirmou Marcon.
Benildes Rodrigues
Foto: Salu Parente
