Foto: Gustavo Bezerra
O deputado Marcon (PT-RS) discursou nesta semana em defesa do imposto sobre grandes fortunas que, na sua avaliação, renderia ao país 100 bilhões por ano. “Único dos sete tributos federais previstos na Constituição sem regulamentação até hoje, o imposto sobre grandes fortunas precisa sair do papel em um momento no qual o governo federal busca ampliar sua arrecadação”, sugeriu.
Segundo o deputado, na revista Carta Capital, o mestre em Finanças Públicas e ex-secretário de Finanças na gestão da prefeita Luiza Erundina em São Paulo, Amir Khair calcula que a taxação de patrimônios poderia render aproximadamente 100 bilhões de reais por ano se aplicado com uma alíquota média de 1% sobre valores superiores a um milhão de reais.
“Quando você tem uma sociedade com má distribuição de riqueza, você tem uma atividade econômica mais frágil. O imposto sobre grandes fortunas teria uma arrecadação semelhante àquela que tinha a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que deveríamos resgatar novamente, no meu ponto de vista, já que foi o imposto mais justo que este país teve, por taxar aqueles que realizam o maior número de transações financeiras”, analisou .
Completou o deputado que em momentos de ajustes fiscais, quando o brasileiro tem de economizar mais, quem lucra nesse período são os bancos e suas estratosféricas taxas de juros, onde o povo passa a recorrer no momento de aperto financeiro. “Contudo, os bancos privados precisam ser chamados para esse momento de ajustes pelo qual o país passa. A taxação nos juros bancários poderia ajudar o governo no aprofundamento de investimentos em serviços públicos tão cobrados pelo nosso povo”, afirmou.
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