Marco Maia diz que deputado histriônico não quer que CPI investigue

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FOTO: SALU PARENTE/PT NA CÂMARA

O deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI mista que investiga supostas irregularidades na Petrobras, respondeu duramente ao deputado Fernando Franscischini (SDD-PR), pelo desrespeito ao colegiado e que levou para a sala da última reunião uma pizza, numa alusão repetida pela oposição de que o governo não quer investigar nada. Em entrevista à imprensa, Maia foi direto e disparou: “lugar de palhaço é no circo. Lugar de moleque, nas casas de recuperação”, disse ele.

Marco Maia afirmou que a distribuição de uma pizza para deputados – os da oposição comeram – é uma coisa para circo, para molecagem com uma CPI que está começando. “Espero que a sociedade possa enxergar isso e não como alguém que está querendo investigar a Petrobras, mas por alguém que está querendo dar show. Eu não venho aqui para dar show e espero que a maioria dos deputados não tenha a intenção para dar show e nem espetáculo, mas para investigar e fazer um trabalho sério e contundente”, afirmou.

O relator considerou estranho Francischini ter feito um espetáculo ao posar para as tevês e repórteres fotográficos quando a pizza foi entregue na comissão – um desrespeito, mas Francischini era só sorriso. Para Marco Maia, o comportamento depõe contra o Parlamento e, mais até, para alguém que esteve investido da responsabilidade estatal para dirigir investigações – o deputado é ex-delegado da Polícia Federal. “Talvez seja por isso que a nossa segurança no Brasil tenha tantos problemas, tenha enfrentado tantos desmandos que nós temos assistido nos últimos anos”, salientou Maia. “Esta é uma CPI séria que tem o intuito de investigar à exaustão”, completou.

Segundo Maia, há certo açodamento, uma ansiedade por parte de alguns deputados da oposição que encaram a investigação como se fosse a última coisa que poderia acontecer no Parlamento brasileiro ou no Brasil nos próximos meses. “Não. Nós temos todo um processo de investigação que vai acontecer de forma célere, consistente e com olho na Petrobras. É desta forma que vamos trabalhar”, ponderou.

O relator irritou a oposição e deixou impacientes os mais de trinta jornalistas que acompanharam o depoimento da presidenta da Petrobras Graça Foster. Marco Maia fez mais de 100 perguntas à depoente e os deputados da oposição recebiam apoio de alguns jornalistas contra o leque de perguntas que eram feitas. “Essa m… podia acabar”, disse uma colunista de jornal. Acontece que, pelo regimento interno, é um direito conferido aos relatores para que eles sejam os primeiros a inquirir os depoentes.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), em entrevista, lembrou que foi a oposição quem demandou a CPI da Petrobras no Senado – embora dela não participe  -, só que  na CPI mista, que tem a mesma finalidade, queriam desrespeitar o regimento interno e atropelar o direito dado ao relator de ser o primeiro a fazer perguntas, quantas forem necessárias.

“A oposição demandou a CPI do Senado, ela foi instalada e a oposição não participa. Demandou a CPI mista e ela foi instalada, só que a oposição não quer aguardar o momento que o regimento interno prevê para que haja a participação de todos os demais (deputados). É praxe em qualquer CPI que o relator tenha a prioridade na apresentação das questões e ele o faz na quantidade que ele considerar necessário”, disse Humberto Costa.

Agência PT no Senado

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