Márcio Pochmann vê onda conservadora com “traços de preconceito contra mais humildes”

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O presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, defende um esforço coletivo, com o acúmulo e a troca de conhecimentos e experiências para enfrentar a “brutalidade do cerco que sofremos atualmente pela onda conservadora que ataca as políticas sociais do Governo Dilma Rousseff”. A proposta foi feita em encontro promovido pela deputada Ana Perugini (PT-SP), em Hortolândia, no último fim de semana.

Na avaliação de Márcio Pochmann, as reações às políticas públicas, notabilizadas pelos compromissos do Partido dos Trabalhadores, são crescentes e diversificadas e carregam traços do preconceito contra os mais humildes. “São manifestações brutais, direcionadas para destruir reputações de lideranças políticas, cada vez mais recorrentes, com o apoio de parte da mídia. Razão pela qual devemos estar atentos para fazer o bom combate contra essa onda conservadora, e recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento, com a distribuição de riquezas produzidas pelos próprios trabalhadores”, alertou Pochmann, que também é professor da Unicamp.

Márcio Pochman lembrou os avanços sociais experimentados pela população brasileira, a partir de 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Fato que, segundo o professor, estabeleceu um elenco de conquistas fundamentadas pelo respeito aos direitos humanos. Entre os exemplos, ele destacou a afirmação da diversidade como um dos valores fundamentais para a edificação de um País mais justo e mais inclusivo. E citou o novo olhar, por uma sociedade mais humana, consolidado, especialmente, com a eleição de Dilma Rousseff como sucessora do presidente Lula, em 2010 e 2014.

Direitos Humanos – Ana Perugini aproveitou o encontro para denunciar o que ela considera crise dos direitos humanos no País. “Não estamos mais falando de um ato isolado de violência contra a presidenta Dilma Rousseff”, disse a deputada, se referindo a adesivos ofensivos e que expõem a presidenta Dilma.

Na avaliação da deputada Perugini, essa modalidade de ataque revela algo muito mais profundo na nossa sociedade brasileira. “É um verdadeiro ataque, uma violação aos direitos humanos das mulheres brasileiras que está em curso, e a saída está na educação de homens e mulheres”, disse a parlamentar, que integra a Comissão de Educação da Câmara.

“Coisificação” – Gilmar Mauro, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também participou do encontro de formação política e disse que ainda vale a denominação dada pelo sociólogo Karl Marx para designar o confronto entre o que considerava os opressores (burguesia), e os oprimidos (proletariado), de que “a história da humanidade é a história da luta de classes”.

Segundo Gilmar, a “mercantilização”, antes restrita à força do trabalho, avançou para setores como saúde, educação, água e até oxigênio. “Hoje, a água é mais cara do que a gasolina”, lamentou. Para ele, é da natureza do capitalismo fazer com que o ser humano, pouco a pouco, se “coisifique”.

PT na Câmara com Assessoria Parlamentar

 

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