Não existe razão para as análises pessimistas que estão sendo feitas a respeito da economia brasileira, avalia o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Presente em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo, nesta sexta-feira (16), ele previu um aquecimento da economia no segundo semestre, impulsionado pela queda da inflação, câmbio favorável à indústria e pela nova rodada de leilões de concessões.
“A economia brasileira foi razoavelmente boa no primeiro semestre. Não se justificam análises que dizem que não vamos crescer nada ou que vamos crescer só 1% em 2014, porque estamos entrando num momento de crescimento do segundo semestre”, afirmou o ministro.
Segundo Mantega, a queda da inflação aumenta o poder de compra da população, fortalecendo a economia. A desaceleração foi detectada por índices como o IPCA, que variou 0,03% em julho, na menor taxa em três anos, desde igual mês de 2010.
O ministro deu a entender que o câmbio, apesar de ainda volátil, está em um patamar confortável para a indústria, destacando o crescimento de alguns setores já no primeiro semestre, como o automobilístico.
Junto com estes dois fatores, o principal reforço da política econômica virá da nova rodada de concessões, que inclui principalmente aeroportos, portos, setor elétrico e rodovias.
“Esse grande programa de leilões e o câmbio favorável vão favorecer a economia no segundo semestre”, defendeu Mantega.
O ministro afirmou que o governo não fará novas desonerações em 2013 e 2014. Os setores atualmente beneficiados serão mantidos, mas o programa não será ampliado por enquanto. Em sua avaliação, as desonerações dão condições para que os empresários produzam mais, especialmente quando atingem a folha de pagamento.
Rede Brasil Atual