O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou hoje, durante palestra no Seminário de Infraestrutura, promovido pelos jornais Valor Econômico e Financial Times, o papel do Estado como indutor do desenvolvimento no país. Segundo ele, a ação do governo garantiu para os próximos anos a “década da infraestrutura”.
O evento foi realizado no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro (RJ).
“O Brasil investiu pouco em infraestrutura desde a década de 80. A partir dos anos 2000, o Brasil começou a crescer e o governo Lula ampliou os investimentos na área e, por isso, fizemos o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A política industrial voltou a ser introduzida. Além disso, os bancos públicos estão aumentando o volume de crédito e, por isso, o Brasil foi um dos países que se recuperou mais rapidamente da crise financeira internacional. A ação das empresas estatais se deu para apoiar o setor privado. Muitas vezes há dúvida sobre isso e alguns falam em estatização. Mas, o que tem sido feito é em estímulo ao setor privado. Todo empresário que precisou de recurso foi ao BNDES e encontrou esse recurso”, afirmou o ministro.
Na avaliação do deputado José Guimarães (PT-CE), que será o relator setorial da área de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, do Orçamento Geral da União de 2010, o governo Lula sempre priorizou a infraestrutura do país. “Essa determinação fica ainda mais evidente com o PAC 2, que dividiu a área de atuação em seis grandes eixos – cidades melhores, comunidade cidadã, Minha Casa Minha Vida, água e luz para todos, transportes e energia. Assim fica mais fácil dotar o país de infraestrutura”, afirmou.
Guimarães acrescentou que o ministro Mantega está correto quando destaca o papel indutor que o Estado brasileiro ganhou no governo Lula. “Estamos dotando o Brasil de infraestrutura com logística social e energética. Só assim daremos conta de fazer o país crescer de 5 a 5,5% a ano”, enfatizou.
Infraestrutura – Essa política de estímulo ao investimento privado desenvolvida no governo, segundo Mantega, garantiu que vários grandes projetos de infraestrutura tivessem suas obras iniciadas nos últimos anos. A maioria deles será entregue nos próximos anos, no que ele classificou como “década da infraestrutura”.
O ministro afirmou também que as empresas estatais estão aumentando seus investimentos, sua parceria com o setor privado e mesmo assim continuam eficientes e obtendo lucros, diferente do que se registrou no passado.
“As instituições estatais hoje funcionam apoiando o setor privado, mas são eficientes em si. No passado, a maioria delas trabalhava no vermelho. Não se sabia se era por conta do subsídio (ao setor privado) ou por desempenho ineficiente. Se pegarmos o Banco do Brasil, a rentabilidade dele é tão elevada quanto a dos bancos privados. A Petrobras teve que nacionalizar sua produção o que, em tese, elevaria seus gastos com a compra de produtos, mas o que vemos é que o lucro da Petrobras está alto, e mais alto que as demais petrolíferas”, argumentou.
Equipe Informes com Portal do PT
