O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao Blog do Planalto, destacou que o Brasil foi um dos únicos países que, mesmo num período de crise, conseguiu avançar na redução da desigualdade e da pobreza. Simultaneamente, o País continuou a ver a renda da classe média e da base da pirâmide aumentar de forma mais rápida.
“Então, nós podemos dizer que a população brasileira foi a que menos sentiu a crise mundial. E mantivemos também elevado o nível de emprego, que é fundamental. Enquanto na Europa, o desemprego chega a níveis acima de 12% e, até agora, não se vê uma saída para isso, no Brasil nós conseguimos manter uma situação de praticamente pleno emprego para todos os segmentos sociais e durante todo o tempo”, destacou Guido.
O ministro afirmou que o País se prepara, junto com o resto do mundo, para a superação da crise econômica, o que vai trazer taxas maiores de crescimento.
O ministro está em Davos (Suíça), onde participa, nesta quinta-feira (23), do Fórum Econômico Mundial. Hoje participa de um debate sobre o BRICS , bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Segundo Mantega, tem-se feito uma avaliação errada de que, com a recuperação da economia, os países avançados retomarão a dianteira do crescimento.
“Os analistas acham que os países avançados agora vão liderar o crescimento mundial. Eu acho que isso é um equívoco. (…) Os BRICS, mesmo neste momento de crise, continuaram crescendo muito acima do que as taxas dos países avançados”, disse. Ele sublinhou que à medida em que o comércio mundial se reativar, voltar a crescer a taxas um pouco maiores, os BRICS retomarão o crescimento com base em suas taxas históricas.