Manifestantes exigem retorno do auxílio emergencial, vacinas e impeachment de Bolsonaro

Ação de protesto e solidariedade às pessoas vítimas do desemprego, fome e miséria causados pelo (des)governo Bolsonaro dominou várias cidades do País, neste sábado (6). Os manifestantes exigem que o governo restabeleça o auxílio emergencial de R$ 600, compra de vacinas e impeachment de Bolsonaro. Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.

Em Brasília, mesmo com a forte chuva que caiu na capital federal, os manifestantes improvisaram tendas para abrigar as pessoas e proteger os alimentos arrecadados durante as manifestações.

A Rede Solidariedade do PT do Distrito Federal fará a entrega das cestas coletadas às famílias que estão passando dificuldade com o fim do auxílio emergencial.

Moeda de troca

O argumento do governo, por meio de seu porta-voz, ministro Paulo Guedes (Economia), é que falta dinheiro para o retorno do auxílio emergencial.

A moeda de troca exigida para que se volte a pagar os R$ 600 referentes ao benefício é a aprovação de reformas.

Desespero

Enquanto o governo tenta barganhar, 63 milhões de brasileiros que receberam benefício no ano passado, conquistado por pressão das centrais sindicais, dos movimentos sociais, e da Oposição ao governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, encontram-se em desespero.

Para 36% desses cidadãos, o auxílio emergencial foi a única fonte de renda durante a pandemia do novo coronavírus. Mães, chefes de família, chegaram a receber R$ 1.200 mensalmente e isso salvou vidas.

Fome e desemprego

Segundo os organizadores das manifestações, Brasil voltou para o Mapa da Fome. Para eles, com o fim do auxílio emergencial mais 17 milhões de brasileiros podem ser jogados para abaixo da linha da pobreza.

“Pessoas sem renda, sem garantia, sem proteção, têm condições de permanecer dentro de suas casas aguardando a vacina em um calendário tão prolongado?”, questionam os organizadores, lembrando o trágico número de mortes pela Covid-19, no Brasil.

“Não só para a saúde, mas para a economia: não há volta para as atividades sem vacinação e isolamento sem auxílio.”

Na Amazônia, destacam, a pandemia tem sido ainda mais mortal. “A região Norte detinha quase 1/4 do total dos pagamentos do auxílio emergencial.”

Os organizadores reforçam o impacto positivo dos R$ 600 na massa de rendimentos das famílias. “Transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB em 2020. Ajudou as receitas fiscais de municípios, estados e da União e Previdência Social.”

Extrema pobreza

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que o fim do auxílio emergencial pode levar mais 3,4 milhões de brasileiros para a extrema pobreza.

Foto: Fabiano Cavalcanti

 

Benildes Rodrigues com informações da RBA e Portal Vermelho

 

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