Mandante da morte de Dorothy Stang pega 30 anos de prisão

procha_Após 15 horas de julgamento no fórum de Belém (PA), o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos de prisão. Este foi o terceiro julgamento do fazendeiro por ter encomendado a morte da missionária Dorothy Stang, em 2005, com seis tiros em um assentamento em Anapu, no Pará. O julgamento, que terminou na noite desta segunda-feira (12), determinou que a sentença do fazendeiro seja cumprida, inicialmente, em regime fechado.

A decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará era aguardada em todo o país e até mesmo no exterior, por se tratar de um caso de grande repercussão. “Este julgamento é histórico e simbólico, porque representa o fim da impunidade no país”, afirmou o deputado Paulo Rocha (PT-PA). Na avaliação do parlamentar, a justiça brasileira tem demonstrado uma mudança significativa no cumprimento das leis brasileiras. “A impunidade sempre imperou no país e principalmente no Pará, onde centenas de trabalhadores, lideranças sindicais e religiosos foram assassinadas e nada foi feito para punir os culpados. Estamos vivendo um novo momento da democracia brasileira”, disse.

Esta mudança no comportamento da justiça brasileira, de acordo com o petista, também se deve a uma maior participação da sociedade, que tem exercido o seu papel de fiscalizar e cobrar ações mais enérgicas dos governantes e da justiça brasileira.

Julgamentos – No primeiro do fazendeiro, em 2007, ele foi condenado a 30 anos de prisão, mas teve direito a um novo júri. No segundo, foi absolvido, mas o Ministério Público recorreu da decisão e a Justiça anulou a sentença.

Bida teve a pena agravada pelo fato da vítima ser pessoa idosa. A tese defendida pela acusação foi de homicídio duplamente qualificado, praticado com promessa de recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima.

Ele recebeu a sentença por volta de 23h40, e permanecerá preso no Centro de Recuperação do Coqueiro, em Belém.

Vários religiosos e camponeses que conviveram com a irmã Dorothy viajaram para Belém para acompanhar o julgamento. O irmão da missionária também saiu dos Estados Unidos e está no Brasil para acompanhar o caso.

Equipe Informes com agências

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