A recuperação do salário mínimo é uma das grandes conquistas do governo Lula, destacaram deputados petistas. Eles lembraram que o Brasil foi um dos primeiros países a instituírem o mínimo, mas, ao longo do tempo, em função de crises econômicas e da ditadura militar, por exemplo, esse salário perdeu gradualmente sua característica constitucional de estabelecer uma cesta de produtos para uma família de quatro pessoas: dois adultos e duas crianças.
O governo Lula começou a retomar esse objetivo, por meio de aumentos graduais negociados com as centrais sindicais, o que fez com que, hoje, o salário mínimo (R$ 510) possa comprar em torno de duas cestas básicas, quando no final do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não comprava nenhuma cesta básica.
“Chegamos num momento em que dá para dizer o seguinte: temos um longo caminho para percorrer, mas está provado que a política adotada pelo presidente Lula e pelas centrais sindicais ajuda o mercado interno, não é inflacionária e cria emprego. Portanto, realimenta o círculo virtuoso da economia”, avaliou o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).
O vice-líder do governo no Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG), destacou que o salário mínimo tem hoje uma política clara que permite ganhos reais para os trabalhadores. “A luta do governo anterior era fazer chegar o salário mínimo a US$ 100. Hoje, nenhum trabalhador do Brasil aceita mais ganhar só US$ 100 de salário mínimo. Isso demonstra a melhoria da renda do trabalhador”, disse.
Crédito – Acompanhando o aumento do emprego e da renda, nos últimos anos cresceram também o volume de crédito e o financiamento para a compra da casa própria.Desde 2003, várias medidas têm sido adotadas pelo governo para aumentar a oferta de crédito: a criação do crédito consignado em folha de pagamento, a ampliação do microcrédito, a extensão do crédito consignado para o financiamento imobiliário e a obrigatoriedade da conta-salário.
Em fevereiro deste ano, o volume total de crédito do sistema financeiro chegou ao valor recorde de R$ 1,435 trilhão, com um crescimento de 0,8% no mês e de 16,8% nos últimos 12 meses. Em dezembro de 2009, o volume total de crédito estava em R$ 1,410 trilhão, valor que representou um aumento de 267% em relação a janeiro de 2003 e é o maior desde o início da série histórica, em 1995.
Também cresceu a participação dos bancos públicos na concessão de empréstimos: passou de 37,6% do total em janeiro de 2003 para 41,3% em dezembro de 2009. O aumento dessa participação foi decisivo para a expansão da carteira total do sistema financeiro.
A casa própria também ficou mais próxima. O crédito para o financiamento,construção ou reforma passou de R$ 22 bilhões, em 2003, para R$ 87 bilhões em dezembro de 2009. Apenas em 2009, a Caixa registrou contratação habitacional recorde de R$ 47,2 bilhões, beneficiando 896.762 famílias. Desse total, R$ 14,1 bilhões foram destinados ao Programa Minha Casa, Minha Vida. O volume de crédito da Caixa em 2009 foi o dobro de 2008 e, em relação a 2003, houve aumento de 9,4 vezes.
Gabriela Mascarenhas com informações do Ministério do Planejamento
