O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta terça-feira (9), na Câmara, o Programa Mais Médico lançado pelo governo federal. O programa visa oxigenar a rede de saúde pública brasileira. Em resposta às criticas de entidades médicas que insistem em depreciar a iniciativa, o ministro ressaltou que as medidas adotadas pelo Brasil seguem exemplos exitosos de outros países, principalmente da Europa.
Mercadante se referiu à instituição do segundo ciclo para o curso de medicina, a partir de 2015. Com a proposta, após a graduação de seis anos, o estudante terá mais dois anos para concluir a formação através de estágio remunerado no Sistema Único de Saúde (SUS), na atenção básica e na urgência e emergência. “Como bem disse o ex-ministro Adib Jatene, o médico não tem que ser especialista em equipamento, tem que ser especialista em ser humano”, referenciou o ministro.
Mercadante classificou o debate de “legítimo”, “transparente” e “democrático”. Ele disse ainda que todos os interessados terão um longo prazo para debater o tema, que precisa do referendo do Conselho Nacional da Educação e do Congresso Nacional.
“Temos um ano e meio para debater esse assunto. Estamos trazendo uma experiência revolucionária de formação de médicos que a Inglaterra iniciou e outros países adotaram. Isso melhora o serviço de saúde para o povo e permite humanizar o médico”, esclareceu Mercadante.
Residência médica – Aloizio Mercadante acrescentou que o segundo ciclo da formação desse profissional terá acompanhamento e orientação de professores especializados. De acordo com o ministro, o estágio no SUS pode ser aproveitado para a residência médica. Ele disse ainda que grandes cientistas defendem esse modelo. Mercadante disse ainda que a coordenação da Fundação Osvaldo Cruz, bem como vários diretores de faculdades de medicina consultadas pelo MEC também aprovam o programa.
Benildes Rodrigues