Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
Na primeira etapa do Programa Mais Médicos, do Governo federal, foram confirmadas as inscrições de 1618 profissionais. Destes, 1096 são médicos brasileiros e 522 formados no exterior. Do total de profissionais graduados em outros países, 164 são brasileiros. Os novos contratados devem atender a 6,7 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles começam a atuar no início de setembro.
Esse foi o balanço apresentado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta quarta-feira (14) aos integrantes da Comissão de Seguridade Social e Família, que é presidida pelo deputado Dr. Rosinha (PT-PR).
De acordo com o ministro, ao criar o programa o governo da presidenta Dilma Rousseff “ousou e agiu com coragem para enfrentar esse debate no país”. Para ele, a Medida Provisória (MP 621/13) que institui o Programa Mais Médicos, “é a oportunidade que o Legislativo e toda a sociedade terá para debater e decidir qual o melhor modelo de saúde para o Brasil”.
Em sua exposição, o ministro disse que nessa primeira fase do programa foram selecionados 579 municípios para receberem os profissionais. Destes, 261 são da região Nordeste, 103 da Sul, 101 do Sudeste, 78 do Norte e, 36 do Centro-Oeste. Dos 18 distritos indígenas selecionados, 15 se situam na Região Norte, dois no Centro-Oeste e um no Nordeste.
Os médicos selecionados vão atender a demanda de 67,3% das regiões onde são verificadas as condições de extrema pobreza, com baixa renda per capta e em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Além disso, os profissionais também vão atuar na periferia dos grandes centros urbanos, o que corresponde aos 32,7% dos municípios selecionados.
O ministro ressaltou que nos primeiros 15 dias do anúncio do programa 3500 municípios responderam ao chamado do governo. Isso, segundo ele, reforça a tese sustentada pela pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgada em 2011, de que a carência de médicos consiste em um dos maiores problemas do SUS. Como forma de superar a escassez desses profissionais, Padilha explicou que o governo estabeleceu como meta alcançar o número de 600 mil médicos até 2026.
Ele disse ainda que uma das principais medidas do programa é o investimento na infraestrutura da saúde. Nesse sentido, esclareceu que só o Ministério da Saúde alocou o montante de R$ 7,4 bilhões para construção, reforma e ampliação de hospitais e unidades de saúde e, aquisição de equipamentos.
Segunda Etapa – Na próxima sexta-feira (16), o Ministério da Saúde deve publicar edital para a segunda etapa do programa e no dia 19 começa a inscrição para a nova seleção de médicos e de municípios que não se inscreveram na primeira etapa do programa.
Benildes Rodrigues