Uma parcela significativa dos trabalhadores brasileiros está ganhando menos de R$ 2 por dia. A denúncia foi feita em plenário nesta quarta-feira (18) pelo deputado Lula Bohn Gass (PT-RS). Ele citou pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela que a renda média dos trabalhadores mais pobres caiu a R$ 47 por mês. “O trabalhador brasileiro recebia R$ 76 reais por mês, o que já era baixíssima, praticamente extrema pobreza. Mas depois do golpe, pela política econômica do golpista Temer, o valor passou para R$ 47”, enfatizou.
Bohn Gass fez questão de apresentar, na tribuna, duas moedas de R$ 1 para explicar que se o trabalhador recebesse essas duas moedas por dia, ele receberia R$ 60 por mês. “Mas não, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, feita pelo IBGE, constatou que ele não está ganhando R$ 60. Ele está ganhando menos que isso, são apenas R$ 47”, lamentou.
O mais grave, continuou Bohn Gass, são 4,5 milhões de brasileiros nestas condições, recebendo R$ 47 por mês, menos de R$ 2 por dia. “O presidente ilegítimo Temer, pela política desastrosa de não ajudar os mais pobres deste País, fez com que 1 milhão e 500 mil brasileiros entrassem na extrema pobreza”, indignou-se. E considerado em extrema pobreza é aquele que ganha menos de R$ 136 por mês.
O deputado disse ainda que, por causa da Reforma Trabalhista, não há mais carteiras assinadas no País. “Carteira assinada vai virar peça de museu. Hoje, é contrato informal. Quem gosta disso são os patrões, os deputados que votaram no golpe, os deputados que votaram na Reforma Trabalhista”. Bohn Gass alertou ainda que, sem carteira assinada o trabalhador não pode ter acesso a crédito e aos benefícios previdenciários, além de outras garantias trabalhistas.
Veja abaixo o discurso do deputado Bohn Gass na íntegra:
Vânia Rodrigues
Foto Lula Marques/Liderança do PT na Câmara