O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que não foi informado sobre a investigação da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados contra três pessoas supostamente acusadas de chantagem pelo deputado Roberto Policarpo (PT-DF), como publicou a revista Veja. Ele reafirmou que não tem ingerência sobre a polícia da Câmara.
A revista publicou que o presidente teria autorizado o uso da Polícia Legislativa para intimidar pessoas que testemunharam contra Policarpo em um processo na Justiça Eleitoral. Os três disseram que o parlamentar os teria contratado para arregimentar eleitores no dia do pleito e também prometeu cargos se eleito. Policarpo denunciou os três por chantagem à polícia da Câmara.
“Não tenho nenhuma intervenção nesse caso, não sabia desse caso. É uma matéria desprovida de veracidade. Eu não tenho tempo, não acompanho e não tenho nenhuma intenção de intervir no trabalho da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, que tem o poder de encaminhar inquérito, produzir informações e o faz com transparência e de acordo com a lei”, disse Marco Maia. Ele desafiou a revista a demonstrar provas da suposta intervenção na investigação e disse que enviou informações à revista que não foram divulgadas na matéria.
Já o deputado Policarpo informou que, por telefone, afirmou ao jornalista da Veja que não falou com o presidente da Câmara Marco Maia antes de, “no meu direito de parlamentar, registrar ocorrência na Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados em relação à chantagem que recebi em meu gabinete”. No entanto, continuou Policarpo, na reportagem publicada no último domingo, a revista Veja “colocou entre aspas justamente o oposto da minha fala, afirmando que eu havia sim recorrido ao meu colega de partido”.
Segundo Policarpo, revista Veja, mesmo sabendo da verdade, fez divulgar a versão dos chantagistas.
Equipe Informes com Assessoria Parlamentar