A presidenta Dilma Rousseff aproveitou a cerimônia de lançamento do Plano Safra 2016/2017, nesta quarta-feira (4), para se defender do atual processo de impeachment, em tramitação no Congresso Nacional. Ela ressaltou que não vai desistir da defesa de seu mandato.
“Hoje há no Brasil um processo de impeachment contra o qual eu luto e lutarei em todas as instâncias, com todos os instrumentos possíveis, porque tenho a tranquilidade de não ter cometido crime de responsabilidade”, afirmou Dilma.
Dilma afastou a tese, defendida por seus opositores, de que ela cometeu irregularidades na execução do Plano Safra. Ela explicou que, além de não ter assinado nenhum ato referente às supostas irregularidades, não houve aumento no passivo exigível do programa referente ao ano de 2015.
A presidenta também rebateu o argumento de que atrasos em repasses deveriam ser consideradas operações de crédito, como consta na acusação do impeachment. “Não me consta que atrasos de pagamento de alugueis são operações de crédito, do inquilino para aquele que aluga o imóvel. Da mesma forma, comparando, não nos conta que um atraso no pagamento entre a União e o Banco do Brasil é uma operação de crédito”, afirmou, ressaltando que os atrasos foram quitados durante o ano fiscal de 2015.
“Portanto, essa acusação relacionada ao plano Safra, não se sustenta e, portanto, a partir dela, não houve crime de responsabilidade e não há base para acusação”, disse a presidenta.
“Alguns discordam que se faça subvenção econômica para a agricultura. Ajudar a agricultura do meu ponto de vista, não é um erro. Eu tenho imenso orgulho de ter feito esse processo em relação à agricultura”, afirmou.
Das agências
Foto: Roberto Stuckert Filho
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