Segundo Lula, o governo federal tem feito “um esforço muito grande” para que os homens melhorem a qualidade de vida. “É preciso que os homens façam sua parte. Cuidar mais de si resulta em mais tempo de vida e também em mais tempo com os filhos e com a família. Não custa nada andar um pouco de manhã, não custa nada andar um pouco de tarde, quando chega do trabalho, não custa nada andar um pouco à noite”, afirmou.
O presidente lamentou que os brasileiros ainda não tenham o hábito de fazer educação física e check ups periódicas. “Muitas vezes, a verdade é essa: as pessoas só vão no médico quando começam a sentir dor e, aí tudo fica mais difícil. A partir de agora, vamos nos cuidar, porque nós precisamos viver mais e viver melhor. Afinal de contas, a nossa família depende muito de nós”, disse.
Lula disse ainda que os homens “merecem um puxão de orelha”, porque só procuram o serviço de saúde quando já estão doentes. “Isso é muito ruim, porque em vez de eles serem atendidos no serviço primário, uma simples consulta, precisam ir para a atenção especializada. Isso não significa apenas mais custos para o SUS (Sistema Único de Saúde), mas também, mais sofrimento físico e emocional para ele e para sua família”, afirmou.
O presidente destacou, por exemplo, a importância do exame para identificar o câncer de próstata, doença que causa a morte de muitos homens no país. “Enquanto quase 17 milhões de mulheres foram ao ginecologista, em 2007, apenas 2,6 milhões de homens procuraram um urologista. A verdade é que muitos ainda têm medo de procurar o urologista e fazer exame de toque. Essa atitude está muito ligada a nossa cultura. Mas isso está na hora de mudar”, disse.
Para companhar a saúde dos brasileiros, o governo federal mantém quase 30 mil equipes de saúde da família e 230 mil agentes comunitários de saúde, responsáveis pela cobertura de 60% da população nacional. “O incentivo do governo federal é para que os homens procurem esses serviços de saúde. Por exemplo, eles podem tratar problemas freqüentes, como a hipertensão, e evitar um Acidente Vascular Cerebral”, afirmou o Lula.
A expectativa de vida dos homens aumentou nos últimos anos. Passou de 63,2 em 1991 para 68,9 em 2007. Ainda assim, eles ainda vivem, em média, quase oito anos menos que as mulheres. De cada três pessoas que morrem no Brasil, duas são homens. Segundo o Ministério da Saúde, eles correspondem a quase 60% das mortes no país.
Equipe Informes