Lula sobre Rio: “nós venceremos essa guerra”

bittar e biscaiaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta segunda-feira a expulsão de traficantes das comunidades do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação contou com policias civis e militares fluminenses, além de homens da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e das Forças Armadas. “A operação está sendo um sucesso. Obviamente, que ela não terminou, ela apenas começou. Nós não sabemos ainda se todos os bandidos fugiram, se tem muito lá dentro, se estão escondidos. De qualquer forma, nós demos o primeiro passo”, disse.

Para Lula, é preciso acabar com o narcotráfico no estado. “O que o Rio de Janeiro precisar para que a gente acabe com o narcotráfico, o governo federal está disposto a colaborar. A mensagem que eu posso dar é essa: otimismo. Otimismo e esperança. E dizer ao povo do Rio: muita tranquilidade, porque nós venceremos essa guerra”, afirmou.

Durante o programa de rádio Café com o Presidente, Lula ressaltou “a união entre governo federal e governo estadual e os órgãos de inteligência das polícias”. “Quando ficamos disputando, entre nós, quem é mais bonito, quem é melhor, o povo paga um prejuízo. Eu digo sempre o seguinte, quando os governos se unem, o povo ganha. Quando os governos divergem, o povo perde”, afirmou.

O presidente elogiou a postura do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que pediu apoio formal das Forças Armadas no combate ao narcotráfico. “Espero que outros governadores comecem a fazer a mesma coisa, porque só tem um jeito de a gente vencer o crime organizado – é combatê-lo. E o governo federal só pode entrar na medida que haja o pedido de um governo, como o Sérgio Cabral, humildemente pediu e nós, humildemente, atendemos”, disse.

Segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, entre os dias 22 e 28 deste mês, houve 37 mortes, 118 prisões, 130 pessoas detidas para averiguação e 102 veículos incendiados. Os policiais apreenderam 12 coquetéis molotov, dois artefatos explosivos, 14 litros de gasolina, 5 litros de álcool, 7 galões de gasolina, 6 dinamites, 6 espoletas e 77 granadas e bombas caseiras.

O secretário municipal de Habitação do Rio de Janeiro, deputado licenciado Jorge Bittar (PT-PJ), destacou a importância dos investimentos sociais em conjunto com a presença da polícia na comunidade. “O trabalho de pacificação da polícia só se consolida se você tiver investimentos sociais importantes nessas comunidades, com equipamentos de infraestrutura, saúde, lazer e educação. A nossa ideia é uma ocupação social que caminhe ao lado da política de segurança”, disse.

O deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) disse que as políticas de segurança pública do Rio de Janeiro “foram absolutamente equivocadas durante 20 anos”. “Só começou a haver um enfrentamento da situação da maneira correta a partir de 2007, com o governo Sérgio Cabral. Ele contou com o apoio e o bom relacionamento com o governo federal”, afirmou.

Para Biscaia, a população apoia as ações de segurança pública no estado. “A segurança pública é o problema número um da população. Ao contrário do que se diz, as comunidades são reféns, não colaboram de forma espontânea. Todos querem que a área seja pacificada”, disse.

As Forças Armadas e as polícias do Rio vão continuar ocupando o Conjunto de Favelas do Alemão até a instalação de uma UPP na comunidade. Segundo o governador Sérgio Cabral, isso deve acontecer no primeiro semestre de 2011.

Equipe Informes, com agências

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