Lula vai falar ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, que abriu sindicância para analisar seu processo, sobre supostas violações ao seu direito de defesa; mensagens da Vaza Jato endossam tese dos advogados do ex-presidente.
A juíza Carolina Lebbos, sucessora de Sérgio Moro na 12ª Vara Federal de Curitiba, autorizou nesta terça-feira (10) que o ex-presidente Lula seja ouvido pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) em sindicância aberta em julho para analisar a possibilidade de violação no seu direito à defesa.
No dia 11 de julho, o CNDH deu início a um processo de sindicância que busca investigar se o direito de defesa do ex-presidente foi ferido nas investigações da Operação Lava Jato, que deram origem a uma condenação frágil por parte do atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, que retirou Lula da disputa eleitoral de 2018 e o mantém preso há mais de 1 ano.
A razão do procedimento são as mensagens reveladas nas reportagens da Vaza Jato, que expõem uma trama em que procuradores agiam com parcialidade e motivados por ódio e questões políticas nos processos contra Lula.
A defesa do ex-presidente confirmou à Fórum que a autorização procede, e ele será ouvido no dia 17 de setembro. “A defesa do ex presidente Lula entende que será uma ótima oportunidade para debater as denúncias de grosseiras violações de direitos humanos que vem sofrendo no âmbito da operação Lava Jato. As referidas violações foram denunciadas e provadas ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas. Hoje são mais uma vez comprovadas pelo importante trabalho jornalístico do Intercept e outros veículos jornalísticos, no que se denominou Vaza Jato. A injustiça contra Lula é também um ataque à democracia”, afirmou Valeska Zanin, uma das advogadas do petista.
Por Revista Fórum