Lula será interlocutor pela paz no Oriente Médio, dizem petistas

rosinha_mouraoO Brasil vai se posicionar como interlocutor na busca pela paz no Oriente Médio. Esse é um dos principais objetivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que inicia neste sábado (13) visita oficial a Israel, Palestina e Jordânia. O primeiro compromisso oficial do presidente acontece na segunda-feira (15) com o presidente de Israel, Shimon Peres. Depois, Lula participa de seminário empresarial em que deve estimular o fluxo comercial entre os dois países.

A colaboração do presidente brasileiro para a solução dos conflitos do Oriente Médio, na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), poderá surtir efeitos positivos, já que o Brasil é um país neutro. “Os Estados Unidos não conseguem mais fazer interlocuções no Oriente. Isso porque os norte-americanos sempre declararam apoio incondicional a Israel. A visita de Lula é importante e pode contribuir para desarmar os espíritos e abrir um grande caminho de negociação”, declarou Rosinha.

A boa performance do Brasil no cenário internacional, segundo o parlamentar, é um grande aliado na defesa da paz o Oriente Médio. “O Brasil é um país neutro nesta guerra agressiva entre Israel e Palestina. O governo brasileiro reúne as melhores condições para ocupar o papel de interlocutor neste conflito”, disse.

Para o deputado Nilson Mourão (PT-AC), o presidente Lula deve pedir que as tropas israelenses desocupem imediatamente as áreas invadidas da Palestina. “Cada vez mais, o presidente Lula está se credenciando como um interlocutor da paz no Oriente, já que os interlocutores tradicionais falharam. Por isso, ao contrário do que fizeram os Estados Unidos, é importante que o presidente diga claramente que é a favor da solução entre os dois Estados e, ao mesmo tempo, peça que Israel desocupe imediatamente as áreas invadidas. Isso vai permitir a consolidação do Estado livre da Palestina”, afirmou.

Ainda na segunda-feira, Lula reúne-se com representantes da sociedade civil israelense e palestina em Jerusalém Oriental.

Lula visita o parlamento (Knesset) israelense e terá audiência com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

No dia seguinte, o presidente visitará o Museu do Holocausto (Yad Vashem) e, num bosque ao lado do museu, participa da cerimônia de plantio de árvore. A terça-feira contempla encontro com a delegação da Universidade Hebraica, audiências a Amos Oz e ao ex-primeiro ministro Ehud Olmert. À tarde, a comitiva se desloca para Belém, quando está previsto encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e encerramento de seminário empresarial Brasil-Palestina.

Na quarta-feira (17), Lula segue para Ramalá onde vista escola beneficiada por projeto de cooperação brasileiro. Está prevista também visita ao Mausoléu de Yasser Arafat, assinaturas de atos e declaração à imprensa. Ao término das atividades na Palestina, a delegação segue para Amã, na Jordânia. Naquele país, Lula terá encontro privado com o rei Abdullah II e a rainha Rania da Jordânia.

No último dia da visita (18), Lula será recebido pelo presidente do Senado jordaniano, Taher Masri, e se reunirá com o primeiro-ministro Samir Rifai. Em seguida, Lula participa do encerramento do seminário empresarial Brasil-Jordânia. Após o compromisso, a delegação retorna para o Brasil. De acordo com o porta-voz do governo brasileiro, as reuniões empresariais terão foco nos segmentos de infra-estrutura, energia, farmacêutico e agronegócio.

Edmilson Freitas, com agências

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