Pesquisa Datafolha realizada nos dias 29 e 30 deste mês, e divulgada hoje (31), revela a potência eleitoral do ex-presidente Lula. Apesar de todos os esforços de setores do Judiciário e da mídia, em tirar Lula da corrida presidencial de 2018, o petista dispara em todos os cenários de primeiro e segundo turnos, apontados pela pesquisa. Segundo o levantamento, o ex-presidente lidera o primeiro turno sobre os principais adversários, com índices que alcançam em até 37% das intenções de voto.
No segundo turno, Lula venceria com margem folgada Geraldo Alckmin (49% a 30%), Marina Silva (47% a 32%) e Bolsonaro (49% a 32%). Os dados foram coletados dias após a condenação sem provas do ex-presidente Lula, executada pelo TRF-4 no último dia 24 de janeiro, e que mostram o sentimento e a preferência do povo brasileiro pelo estadista, que setores da institucionalidade brasileira querem tornar inelegível.
O Datafolha ouviu 2.826 entrevistados em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Para o líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o resultado da pesquisa mostra que “deu tudo errado para eles de novo”. O petista lembrou que tudo que os golpistas queriam era que, passado o julgamento, o ex-presidente despencasse nas pesquisas eleitorais.
“Na primeira pesquisa depois da farsa do TRF-4, Lula lidera em todos os cenários de primeiro e segundo turnos. O Lula tem mais que a soma de todos os candidatos. Eles queriam lançar a pesquisa com o presidente Lula caindo. Lula não perdeu nada no primeiro turno e se consolida no segundo”, comemorou.
De acordo com o líder do PT, a tentativa orquestrada de deixar o ex-presidente Lula fora do pleito eleitoral não está surtindo efeito. “Eles tentaram criar uma onda no país que Lula estava fora do jogo, mas nós não vamos recuar. O sentimento de injustiça se amplia na sociedade, pois o povo não é bobo. Todo mundo percebe que o julgamento foi um jogo de cartas marcadas”, denunciou Pimenta.
A pesquisa mostra que eleição sem Lula não teria legitimidade, seria uma fraude. “Um dos dados mais importantes da pesquisa é justamente este: se Lula não for candidato, haverá uma explosão de votos brancos e nulos. Sem ele, a eleição é uma fraude, uma farsa; não teria reconhecimento dentro e fora do Brasil”, destacou Paulo Pimenta.
Prazo – A decisão sobre a participação do ex-presidente Lula na disputa presidencial cabe ao Tribunal Superior Eleitoral que só deve se pronunciar sobre o assunto no mês de setembro.
Benildes Rodrigues