Lula defende “transmissão” cultural no Brasil

“Minha vida é andar por esse País, para ver se um dia eu descanso feliz”. Com a música de Luiz Gonzaga, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou pela cidade de Nossa Senhora da Glória, no interior do Sergipe, na segunda-feira (21).

Presenteado com um gibão e um chapéu de couro sertanejo, que foi entregue a Lula por um vaqueiro de mais de 90 anos, o ex-presidente cobrou que os brasileiros tenham acesso à “transmissão” da cultura dos quatro cantos do Brasil.

A defesa foi feita pelo ex-presidente enquanto ele fazia duras críticas ao compartilhamento cultural feito pela mídia. “Seria interessante que o Brasil conhecesse a história e a bravura do povo de Glória. Alguém sabe que isso aqui é a primeira bacia leiteira do estado? As pessoas só conhecem a Dança dos Famosos. Não há reciprocidade na transmissão da cultura desse país”, disse.

Ele voltou a explicar o objetivo da caravana Lula pelo Brasil e a intenção de ouvir os brasileiros, para conhecer de perto os problemas que o povo tem vivido.

“A única coisa que eu posso dizer para vocês é que eu decidi fazer uma outra Caravana da Cidadania, transformada numa caravana que não tem nome. Porque eu resolvi andar? Porque eu fiz uma caravana em 1992, eu percorri 91 quilômetros no Brasil, fiz de ônibus, carro, trem e de barco. Por que que eu fiz com a caravana? Quando você é político, o máximo que você conhece são aeroportos. As pessoas terminam não conhecendo o Brasil”, contou o ex-presidente.

“Viajei, perdi eleições. Eu estava cansado de perder eleição. Eu ganhei uma eleição e o sucesso do nosso governo foi fazer apenas o óbvio, é aquilo que todo mundo sabe que tem que fazer. Tem gente que acha que o óbvio é governar para 35% da população, ou para o mercado, para os mais ricos, só para latifundiário”, completou o ex-presidente.

Lula ainda falou sobre uma possível candidatura em 2018 e reforçou: “nem sei se eu posso ser candidato”. “Se eu for escolhido, eu vou ganhar e vou fazer mais do que eu fiz no primeiro mandato. Eu vou provar”.

Além disso, o ex-presidente criticou a proposta feito pelo governo golpista de Michel Temer, na segunda, de privatizar a Eletrobras. “Eu acabei de saber uma notícia que o Temer acabou de anunciar a venda da Eletrobras. Eu preciso provar para essas pessoas que a gente não tem que fechar indústria naval, a gente tem é que criar vergonha na cara e trabalhar, porque esse país pode ser muito melhor e não pode continuar com o complexo de vira-latas”.

Por isso, reforçou Lula, é preciso definir, assim que a eleição é ganha, de que lado está. “Eu sempre faço analogia da política com futebol. Na política você tem que dizer de que lado está. Eu nunca tive medo de dizer que sou presidente de todos, mas todo mundo tem que saber que meu jeito de governar é como funciona um coração de mãe”.

Tema recorrente nos discursos do ex-presidente, que gostaria de ter colocado o nome do projeto Lula pelo Brasil de Caravana da Esperança, os sonhos e a esperança também foram mencionados durante o ato em Nossa Senhora da Glória.

“Um ser humano não consegue viver se não tiver sonho e esperança. Cabe ao estado brasileiro garantir que as pessoas não tenham seus sonhos frustrados e não deixem de ter esperança. É por isso que eu fui o presidente que mais fiz universidades e escolas técnicas nesse País. Porque eu queria que as crianças humildes tivessem aquilo que eu não tive a oportunidade para provar que não é nascendo em berço de ouro que faz ir para frente”.

O deputado João Daniel (PT-SE) lembrou que a região tem obras que marcam a presença dos governos de Lula e Dilma. “A pauta do sertão deixou de ser fome, miséria e seca e passou a ser luta por políticas públicas, universidades, institutos federais, pela juventude ter acesso a melhores condições de vida”, afirmou.

(Portal do PT)

Ouça o discurso aqui: 

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