O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), confirmou nesta manhã que o ex-presidente Lula aceitou o convite para ser ministro-chefe da Casa Civil do Governo Dilma. Ele disse que o País ganha com a decisão, já que Lula “tem capacidade política e de gestão testadas e aprovadas”. O parlamentar destacou que a escolha do ex-presidente Lula decorre tão somente do seu compromisso com o País. “Ele está imbuído exclusivamente do propósito de ajudar o Brasil a sair da crise”, reforçou. Jaques Wagner, atual ministro da pasta, será chefe de gabinete da Presidência da República.
Florence refutou veementemente a tese sustentada pela oposição, segundo a qual o ex-presidente tomou essa decisão para se livrar de uma investigação, lembrando que o instituto do “foro privilegiado” nunca foi e não será motivo para impedir qualquer tipo de ação da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal. “Não temos nenhuma interferência nas investigações e nem pretendemos ter pelo fato de Lula ser ministro”, explicou.
O líder lembrou ainda que, diferentemente dos governos tucanos de FHC, os governos Lula e Dilma sempre patrocinaram todas as investigações. Disse que foi Fernando Henrique que se notabilizou por nomear para a Procuradoria Geral da República (PGR) um procurador – Geraldo Brindeiro – que ficou famoso por não levar adiante nenhuma investigação que pudesse comprometer tucanos ou seus aliados. “Inclusive, o ex-procurador [Roberto] Gurgel fez questão de fazer um registro, dizendo que os presidentes Lula e Dilma trataram a Procuradoria como estadistas, respeitando a sua autonomia. Continuará a ser dessa forma”, garantiu.
Afonso Florence explicou que Lula estará voltado a dar sua contribuição para o País sair da crise política e, consequentemente, da crise econômica, já que as agências de risco ao rebaixarem recentemente a nota do Brasil argumentaram ser por causa do ambiente politicamente conturbado. “A crise política não se justifica, não há motivos para o impeachment, ele não se sustenta juridicamente. E já há indicadores positivos e medidas governamentais para a retomada da atividade econômica, do emprego e da renda”, completou.
O líder petista também descontruiu a ideia alardeada pela oposição de que Lula na Casa Civil representaria um enfraquecimento do governo Dilma. “A autoridade da presidenta Dilma Rousseff foi dada por mais de 50 milhões de votos, e essa autoridade é inquestionável”. Rebateu ainda a tentativa da oposição de barrar a posse do futuro ministro. “A oposição tem o direito de querer nomear ministro, só que para isso tem que ganhar a eleição. A oposição perdeu a eleição, mas fica tentando nomear ministro no tapetão. Não pode ter sucesso esse tipo de iniciativa. Primeiro, a oposição disputa a eleição, quando ganhar, nomeia ministro”.
PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara
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