Lula anuncia novas medidas para o abastecimento e a produção orgânica de alimentos

Lula: "A nossa ideia é tirar todos da fome até o término do mandato em 2026" Foto: Ricardo Stuckert

No Dia Mundial da Alimentação, o presidente participou do lançamento de planos que ampliam centrais de abastecimento, estimulam a produção de arroz e fortalecem a segurança alimentar no país; confira

Nesta quarta-feira (16), no Dia Mundial da Alimentação, o presidente Lula anunciou novas medidas de abastecimento alimentar para o Brasil em uma conferência no Palácio do Planalto, onde assinou o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), também conhecido como ” Alimento no Prato”, e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).

A iniciativa do governo Lula busca promover uma produção sustentável e garantir a distribuição de alimentos mais saudáveis, especialmente para o ambiente em situação de vulnerabilidade. O evento contou com a presença de ministros do governo, representantes de movimentos sociais e entidades internacionais.

O presidente Lula destacou a importância de o governo e a sociedade trabalharem juntos para garantir que os projetos e programas sejam implementados de maneira efetiva. Ele reforçou que o compromisso do governo vai além da elaboração das políticas.

“Depois de anunciar publicamente, isso não pode ser letra morta. Isso tem que acontecer. E é importante que cada um coloque a sua portaria na cabeceira da cama para todo dia levantar, ler qual é o compromisso e fazer as coisas acontecerem”, afirmou.

Lula também refletiu sobre o retorno do Brasil ao Mapa da Fome, durante o governo Bolsonaro, e a rápida ação de seu governo para reverter esse cenário.

“Quando voltamos, já tinha 33 milhões de pessoas passando fome outra vez. Nós já tiramos, em 1 ano e 10 meses de governo, 24 milhões e meio de pessoas do mapa da fome outra vez. E a nossa ideia é tirar todos da fome até o término do mandato em 2026”, disse o presidente.

Leia mais: Em Nova York, Lula recebe prêmio por políticas de combate à fome e à pobreza

Alimento no Prato e as novas centrais de abastecimento

O Planaab, batizado de “Alimento no Prato”, representa um marco inédito no Brasil. Ele reúne 29 iniciativas e 92 ações estratégicas destinadas a facilitar o acesso da população a alimentos frescos e saudáveis, além de fomentar a produção agrícola sustentável.

Entre as medidas, está a criação de seis novas centrais de abastecimento nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo (duas).

Essas centrais são fundamentais para melhorar a distribuição de alimentos, facilitando o acesso da população a produtos de qualidade.

Para o presidente Lula, as ações anunciadas são “uma combinação perfeita entre o governo que propôs as coisas, o movimento que ajudou a construir, e aqueles que serão os beneficiários das políticas que estamos colocando em prática”.

Estímulo à produção de arroz pela agricultura familiar

Outro benefício para o povo brasileiro do Planaab é o Programa Arroz da Gente, criado com o objetivo de aumentar a produção de arroz no Brasil e assegurar a formação de estoques.

A iniciativa é voltada a pequenos e médios produtores que poderão assinar contratos de opção com o governo. Esses contratos garantem a compra da produção por preços pré-estabelecidos, dando segurança aos produtores e garantindo a disponibilidade do grão no mercado.

Serão investidos aproximadamente R$ 1 bilhão nessa iniciativa, com a meta de adquirir até 500 mil toneladas de arroz.

Essa medida pretende mitigar as perdas sofridas nas safras de 2022, 2023 e 2024, causadas pelas secas nas regiões produtoras do Sul. Além disso, o programa incentiva a diversificação dos sistemas produtivos, promovendo a integração do cultivo de arroz com outras culturas agroecológicas.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a importância da agricultura familiar nesse processo, afirmando que o programa “visa ampliar a produção de arroz pela agricultura familiar e promover a diversidade regional e de variedades de cultivares”.

Para ele, a ação é um passo fundamental para garantir a segurança e a soberania alimentar no Brasil.

Leia mais: Com Lula, Conab resgata protagonismo no combate à fome

Fortalecimento da produção orgânica e agroecológica

O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) reúne ações que fortalecem as cadeias produtivas de produtos orgânicos e agroecológicos, promovendo a transição para sistemas de produção sustentáveis.

Construído com ampla participação da sociedade civil, o Planapo inclui incentivos financeiros e apoio à pesquisa e inovação, além de políticas específicas voltadas à inclusão de mulheres, jovens, indígenas e quilombolas na agricultura familiar.

De acordo com o ministro Paulo Teixeira, o Planapo representa “mais qualidade de vida para a população do campo e mais alimento saudável no prato de todos os brasileiros e brasileiras”.

O plano também destaca a importância da agricultura familiar para a sustentabilidade e a conservação ambiental, promovendo um futuro mais saudável e seguro para todos.

Leia mais: “O Brasil está próximo de deixar o Mapa da Fome”, diz representante da FAO no país

Combate à fome

O presidente Lula ressaltou a urgência de combater a fome no Brasil e destacou a responsabilidade dos governos em assegurar que ninguém passe fome.

“A única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa os países, de quem governa os estados. É preciso que o Estado tenha a capacidade de priorizar para quem ele quer governar”, afirmou o presidente.

O Brasil, que havia saído do Mapa da Fome em 2014, voltou à lista da FAO entre 2019 e 2021, mas, com as políticas adotadas desde 2023, já conseguiu retirar 24,4 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave. A meta do governo é retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026.

Além das ações nacionais, o Brasil também lançou, durante a presidência do G20, a Aliança Global contra a Fome, a Pobreza e a Miséria, um desafio ao mundo.

“Não existe explicação com o avanço tecnológico, com o avanço da genética, para o fato de que somos capazes de produzir muito mais alimento do que consumimos, e ainda assim temos 733 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer”, destacou Lula.

Integração entre governo e sociedade civil

O evento destacou a colaboração entre o governo Lula e a sociedade civil na elaboração e execução dos planos.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou a importância da participação social na construção dessas políticas.

“A câmara interministerial de segurança alimentar, composta por 24 ministérios, trabalha de forma integrada, envolvendo empresas, autarquias, estados, municípios, setor privado e organizações da sociedade civil”, afirmou o ministro.

A sinergia entre o governo e os movimentos sociais também foi destacada por Paulo Teixeira: “O Planaab e o Planapo foram construídos com a participação de muitas mãos, envolvendo órgãos públicos, sociedade civil e iniciativa privada”.

Expansão de cozinhas solidárias e produção urbana

Durante a cerimônia, também foi anunciado um edital para a ampliação das cozinhas solidárias e o estímulo à produção agrícola urbana.

Serão premiadas as 50 melhores experiências de produção urbana, com prêmios de até R$ 30 mil. Além disso, serão destinados R$ 69 milhões para expandir a rede de apoio alimentar, com foco na produção e distribuição de alimentos em áreas urbanas.

Cartilha digital sobre povos tradicionais

Ainda durante a programação do Dia Mundial da Alimentação, foi lançado um documento digital que define 25 povos e comunidades tradicionais identificadas pelo Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT).

A cartilha traz diretrizes inéditas para o atendimento desses grupos, consideradas prioritárias na implementação de iniciativas de promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada.

Avanços na segurança alimentar no Brasil

Com Lula, desde a retomada das políticas públicas em 2023, o Brasil alcançou avanços inovadores na redução da insegurança alimentar.

A queda de 85% na insegurança alimentar severa em 2023 é um reflexo das ações estruturantes rompidas pelo governo, como o Plano Brasil Sem Fome, o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Cisternas e as Cozinhas Solidárias.

O ministro Wellington Dias ressaltou que a fome, no passado, estava mais associada às áreas rurais, mas hoje o desafio é também urbano.

“No rural, há baixa renda, mas as pessoas conseguem se alimentar melhor. No urbano, o desafio é maior”, afirmou. Para enfrentar essa nova realidade, o governo tem investido em políticas externas à segurança alimentar tanto nas áreas rurais quanto nas urbanas.

Compromisso ético e humanista

O presidente Lula enfatizou que o combate à fome não é apenas uma meta política, mas uma obrigação ética e humanista.

“Acabar com a fome no Brasil e no mundo não deve ser motivo de orgulho, é uma obrigação moral, ética, política e até humanista”, declarou o presidente, reforçando o compromisso de sua gestão com a promoção de um país mais justo e igualitário .

Leia mais: MDS e ONU selam acordo para combater a fome no mundo

PT Nacional, com informações do Planalto

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100