O dia 8 de março, para a deputada Luizianne Lins (PT-CE), relatora da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, “é o momento de dar visibilidade às nossas pautas, de fortalecer o combate à violência e de construir ações que sensibilizem corações e transformem mentes para que possamos alcançar uma nova cultura de respeito e equidade. Dizemos NÃO a qualquer forma de violência contra a mulher! Sim aos direitos humanos das mulheres, à justiça de gênero e à igualdade de direitos”.
Luizianne classifica como “tempos muito difíceis” os últimos anos aqui na Câmara. “A partir da absurda eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Casa, e mais recentemente com o golpe, temos presenciado o surgimento de pautas que trazem graves retrocessos para setores muito caros para nós, sobretudo para as mulheres”. Ela cita como exemplo, a “perversa Reforma Trabalhista”, em que as mulheres são as mais prejudicadas. “É desumano o texto dessa lei, que libera grávidas e lactantes para o trabalho em locais insalubres. Também, dentro do pacote de maldades do presidente ilegítimo, a Reforma da Previdência afeta mais as mulheres, mudando idade mínima e tempo de contribuição.
Diante desse contexto, Luizianne afirma que é resistir é preciso. “E é o que temos feito aqui dentro dessa Casa legislativa”. Entre vários projetos de lei de sua autoria, voltados para o direito da mulher ela destaca o projeto que combate a misoginia espalhada pela internet e que ficou conhecido como “PL Lola”, em alusão ao que aconteceu com a professora universitária e feminista Lola Aronovich, vítima de ataque cibernético que resultou em perseguição física e virtual, trazendo inúmeros prejuízos à sua vida profissional e pessoal.
O PL Lola já foi aprovado na Câmara e “certamente será vitorioso também no Senado”, acredita Luizianne. “Em breve, estaremos comemorando mais um importante marco legislativo de proteção às mulheres”.