O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) criticou, em plenário, a extinção da Controladoria-Geral da República (CGU) pelo governo golpista e interino de Michel Temer e a incoerência política do PSDB. Ele fez questão de lembrar um discurso do então líder dos tucanos, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), feito no dia 29 de setembro de 2015, criticando qualquer possibilidade de se acabar com a CGU. “Foi um discurso duríssimo, com críticas ao governo Dilma. No entanto, agora acabam com a CGU e não ouço uma só manifestação contrária dos tucanos”, cobrou.
Luiz Sérgio reforçou que não foi a presidenta Dilma que acabou com a CGU. “Foi o atual governo golpista, do qual o PSDB participa. Então, para ser coerente com aquilo que falou desta tribuna, teria que vir protestar contra o fim da CGU como instrumento de controle, porque ela se transformou em um órgão de transparência, mas que se submete ao ministério. Acabou a sua independência de investigar e de determinar diretrizes”.
O deputado do PT continuou o seu discurso evidenciando a incoerência tucana que falava na tribuna uma coisa e hoje faz outra completamente diferente. “Pasmem, em um dos trechos do discurso do então líder do PSDB, ele criticava o governo Dilma dizendo alguém ‘que negocia 20, 30 votos por seis, sete ministérios não tem condições de comandar este País’. E o que nós assistimos agora foi um balcão de negócios, em que o número de votos pelo golpe levou o partido ou pessoas que lideraram esse movimento a serem contemplados com ministério, independentemente do currículo, independentemente de ser réu, de estar citado em várias das delações”.
Na avaliação de Luiz Sérgio, é essa incoerência que desgasta e que já coloca esse governo ilegítimo e provisório como o mais impopular da história da República brasileira.
Vânia Rodrigues
Foto: Salu Parente/PT na Câmara
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