O deputado Luiz Couto (PT-PB) ocupou a Tribuna nesta segunda-feira para questionar a suspensão, por uma semana, da escolta da Polícia Federal (PF) que há quatro anos o acompanha devido a ameaças de morte por grupos de extermínio na Paraíba.
“Não estou acusando ninguém, mas queria saber da direção-geral da Polícia Federal o porquê em querer brincar com a vida de um parlamentar reeleito pelo PT e ameaçado pelo crime organizado e outros criminosos os quais denunciei e venho denunciando. Por que quiseram deixar-me exposto aos criminosos exatamente na semana em que estava planejando fazer uma enorme campanha para nossa Presidente reeleita Dilma Rousseff? Não sei em quem mais confiar, pois confio no trabalho dedicado da Polícia Federal da Paraíba à minha proteção, e simplesmente vem uma ordem superior e me jogam às traças”, desabafou o parlamentar.
De acordo com Luiz Couto, a suspensão da escolta policial ainda durante a campanha eleitoral de 2014 prejudicou sua agenda. “Fiquei uma semana exata sem proteção policial e nestes dias tive que cancelar agendas de campanha. Deus é tão bom comigo que naquele final de semana, amigos e agentes ficaram comigo em seus períodos de folga. E, no decorrer da semana, alguns amigos da polícia da Paraíba fizeram minha proteção”.
A escolta da PF já foi reestabelecida mas, de acordo com Luiz Couto, existe risco de ser interrompida outra vez. “Estou com a proteção pessoal reestabelecida. Só que paira uma duvida, até quando? Pois foi pela segunda vez que o diretor geral da PF questionou a falta de razão e fundamentos fáticos para me darem proteção. Quero pedir que a presidenta Dilma tome ciência destes relatos e tome algumas providências, pois a vida é o maior bem que todo o ser humano detém e a proteção a ela deverá daqui para frente ser discutida dentro desta Casa e na Presidência da República com mais rigor”, frisou o petista.
Luiz Couto passou a receber a segurança especial em 2010, com interveniência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e atribui as ameaças de morte que sofre a uma milícia que teria assassinado mais de 200 pessoas, inclusive o ativista Manoel Matos.
Gizele Benitz