O deputado Luiz Couto (PT-PB) registrou em pronunciamento no plenário a passagem do Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro. “Há 68 anos, em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A data precisa ser celebrada. Essa Declaração é o ponto mais alto, até agora, de um processo evolutivo que durou toda a história da humanidade. Não podemos desprezar um documento que sintetiza tantas conquistas da história humana”, ressaltou.
Para Luiz Couto, a defesa dos direitos humanos é uma luta global. “Por mais que diferentes povos tenham uma história diferente de luta pelos direitos humanos, com eventos e personagens próprios, todos podemos e devemos reconhecer-nos na história da Declaração de 1948, pois, no fim das contas, a defesa dos direitos humanos é uma luta global”, disse.
O parlamentar petista analisou ser quase um lugar-comum para muito gente se autodenominar defensor dos direitos humanos. “Como quase todas as expressões do vocabulário político, essa também às vezes parece desgastada. Para alguns, direitos humanos parece ser não mais que uma senha com a qual se entra no campo do discurso político aceitável, mas que é vazia de significado. Mas isso é um rotundo engano. Mais que rotundo, grotesco. Direitos humanos não são uma ideia bonitinha e vazia. São fruto do mais profundo, do mais visceral ultraje da humanidade diante dos piores crimes da história. O século 20 foi pleno em horrores por todo o globo, como o Massacre de Nanquim, no Extremo Oriente, ou o Holocausto, na Europa”, reiterou.
Afirmar o valor dos direitos humanos – acrescentou o deputado Luiz Couto – pode parecer uma platitude, mas na verdade é um ato político cheio de significado. “Sobretudo neste desesperador começo de século 21, em que as Filipinas elegeram presidente um chefe de grupos de extermínio, desde sua posse milhares de cidadãos foram mortos a pretexto de uma guerra às drogas; em que terroristas islamistas matam civis inocentes por todo o mundo; em que milhões de mulheres a cada ano continuam a sofrer mutilação genital em países da África. Tudo isso faz que, mais que nunca, o 10 de dezembro precise ser lembrado”, finalizou o petista.
Gizele Benitz
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