Em pronunciamentos na tribuna da Câmara, nesta quinta-feira (18), o deputado Luiz Couto (PT-PB) exaltou a história de vida do bispo D. Pedro Casaldáliga, que esta semana chegou aos 88 anos de idade, e relembrou a luta da irmã Dorothy Stang, assassinada em fevereiro de 2005.
“A luta do bispo Casaldáliga por um mundo melhor, por mais justiça social, pela valorização da pessoa humana, é uma luta incansável e o seu rosto demonstra a sua força”, registrou Couto sobre o catalão que chegou ao Brasil em 1968 e atualmente é bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT).
Sobre a missionária norte-americana morta por pistoleiros em Anapu (PA), Luiz Couto se disse bastante saudoso. “Onze anos completaram-se, dia 12 de fevereiro, da sua execução. Quanta saudade tenho daquela guerreira de fé e grande batalhadora da justiça social, dos direitos dos mais necessitados e da preservação do meio ambiente”, disse.
O petista também mencionou dados recentes que demonstram a persistência da violência no campo contra quem luta por terra e vida digna. “Insisto em recordar a preocupante situação das mortes por conflito no campo, não só de Dorothy, mas de todos que foram brutalmente assassinados pelo mesmo motivo, a luta por justiça e paz. A Comissão Pastoral da Terra revela que o número de assassinatos decorrentes de conflitos no campo em 2015 foi o maior dos últimos 12 anos no Brasil, com 49 mortes registradas, a maior parte na região Norte”, lamentou o deputado.
“Além do avanço do agronegócio tradicional, acreditamos que o aumento das tensões no campo em 2015 tenha relação com maiores disputas por recursos como madeira e água, o prosseguimento de grandes empreendimentos de mineração e energia e a diminuição no número de assentamentos e demarcações. Dados da entidade mostram que de 1.115 casos de homicídio decorrentes de conflitos no campo registrados entre 1985 e 2014, 12 foram julgados”, acrescentou Luiz Couto.
Rogério Tomaz Jr.
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