O deputado Luiz Couto (PT-PB) defendeu em pronunciamento no plenário a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso da fosfoetanolamina no combate ao câncer. “Precisamos nos mobilizar em favor do projeto de liberação do uso da fosfoetanolamina, que, mesmo tendo passado nesta Casa, ainda não foi aprovado no Senado”.
De acordo com o parlamentar petista, há uma grande “ofensiva midiática” da indústria farmacêutica e de alguns oncologistas no sentido de inviabilizar a liberação “do que pode ser a cura do câncer e o fim do sofrimento de muitas pessoas”.
“Já vi muito médico ir para a imprensa e dizer que se trata de uma pílula de farinha ou que não é medicamento; se assim for, porque proibir como se medicamento fosse? Deixem que os pacientes com câncer tenham uma chance de viver. Deixem que essas pessoas tenham liberdade de escolher se querem ou não utilizar o que vocês chamam de pílula de farinha”, avaliou Luiz Couto.
Ainda de acordo com o deputado petista, o pesquisador que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética não é um amador, mas um cientista reconhecido.
Bisfenol – O deputado Luiz Couto também cobrou da Anvisa a proibição de produtos que contenham bisfenol, substância tóxica e altamente cancerígena. “Para quem não sabe, o bisfenol é uma substância tóxica, presente no plástico, que afeta o sistema endócrino, causa infertilidade, problemas cardíacos e potencializa as chances de câncer. Problemas que antes nem se ouvia falar, como endometriose e problemas hormonais, hoje são bastante frequentes e, pelo que tenho lido, tudo isso pode ter relação com o bisfenol. Para se ter uma ideia, a maioria dos garrafões de água mineral e dos recipientes transparentes contem essa substância; logo, nossa saúde tem sido colocada em risco todos os dias e a todo o momento, sem que saibamos ou sejamos avisados desse risco”, disse.
Em nosso país, acrescentou Luiz Couto, a proibição do uso do bisfenol está limitada pela Anvisa apenas às mamadeiras. “Desta forma, se há inúmeros estudos indicando o risco dessa substância, inclusive motivando a citada proibição, não se pode conceber que ela não se estenda aos demais produtos, pois o motivo é o mesmo. Precisamos lutar por uma proibição geral”.
Gizele Benitz
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