Em pronunciamento na tribuna, o deputado Luiz Couto (PT-PB),primeiro vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico de Pessoas no Brasil, manifestou apoio às Polícias Federal, Civil e Militar, ao colegiado, ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério da Justiça e ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime pelo trabalho transparente e eficiente no combate às modalidades de tráfico de pessoas e de exploração sexual de crianças e adolescentes no País. “Em redes nacionais, vemos quadrilhas de traficantes de pessoas ou exploradores de crianças e adolescentes sendo desmontadas e punidas”, afirmou Couto.
O deputado ressaltou, no entanto, a necessidade de intensificar as ações na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. “Milhões de torcedores, colados às telas de televisão, talvez não percebam que a Copa do Mundo pode favorecer um aumento no tráfico de seres humanos e na exploração sexual de crianças e adolescentes, portanto, precisamos nos munir, abrir os olhos e agir com rapidez”, explicou o petista.
Ao citar o Protocolo de Palermo como o primeiro instrumento internacional a abordar o tráfico de seres humanos, Luiz Couto enfatizou “que mais do que perseguir os traficantes é preciso ouvir as vítimas e adotar medidas que coíbam a atuação das quadrilhas organizadas”. Segundo ele, o primeiro relatório sobre o Tráfico de Pessoas, elaborado pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, apontou 475 vítimas do tráfico no Brasil entre 2005 a 2011.
Luiz Couto lamentou o número de processos judiciais no Brasil que envolvem o crime de tráfico de pessoas e o de redução à condição análoga à de escravidão. “ Foram 1.163 entre 2005 a 2012 dos quais 428 seguem em tramitação”, relatou o deputado.
Luiz Couto registrou ainda que a CPI do Tráfico de Pessoas esteve em Cuiabá, onde várias denúncias de tráfico de pessoas, inclusive, para a venda de órgãos foram feitas ao colegiado e estão sendo investigadas pela Polícia Civil do Mato Grosso.
Ivana Figueiredo