O deputado Luiz Couto (PT-PB) registrou em plenário pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pela Universidade de São Paulo (USP) e que concluiu que o trabalho escravo está profundamente ligado à pobreza extrema e ao isolamento geográfico. “Esse estudo minucioso resultou em um atlas que traça o perfil desses trabalhadores explorados no Brasil”, disse.
A publicação traça o perfil típico das pessoas que trabalham em condições análogas à escravidão no Brasil: migrante – principalmente do Maranhão, do norte do Tocantins e do oeste do Piauí—do sexo masculino e analfabeto funcional. Segundo o estudo, o destino mais comum dessas pessoas são os estados de Mato Grosso e o leste do Pará. O trabalho caracteriza também, pela primeira vez, a distribuição, os fluxos e as modalidades do trabalho escravo no país.
Gizele Benitz