Luiz Alberto defende compra de Pasadena e rebate distorções disseminadas pela oposição

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Foto: Gustavo Bezerra
 
O deputado Luiz Alberto (PT-BA) rebateu hoje (1º) as críticas que têm sido veiculadas pela mídia tradicional à compra, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena, nos EUA. Em artigo publicado no jornal O Globo,  afirmou que as distorções sobre a operação, disseminadas pela  oposição e os inúmeros “especialistas” em petróleo que surgiram ultimamente,  “têm o claro objetivo de enfraquecer a Petrobras e seu papel estratégico, tratando a operação como se fosse o pior negócio do mundo”. 
 
“A oposição PSDB/DEM, com sua mídia de apoio, tenta confundir a sociedade brasileira. Quer manchar a imagem da empresa e depreciar seu valor de mercado para favorecer grupos estrangeiros de olho no pré-sal e contrários ao regime de partilha, que resguarda os interesses nacionais”,  escreveu Luiz Alberto.
 
O parlamentar frisou que a compra da refinaria fazia parte dos planos estratégicos da estatal desde 1999 (governo do PSDB) e foi fechada em 2005. Luiz Alberto disse que ninguém teve o “poder dos oráculos” para antever a crise econômica de 2008, prejudicando  a Petrobras e outras empresas que investiram nos EUA. Ressalvou, porém, que  desde o ano passado, com o reaquecimento da economia norte-americana, Pasadena passou a ter valorizados os seus ativos e , atualmente, é bastante lucrativa. “É uma questão de tempo reaver o que foi investido”, disse. 
 
Leia o artigo, na íntegra:
“Compra vantajosa 
 
Surgiram agora no Brasil inúmeros “especialistas” na área de petróleo, sob inspiração de uma oposição que busca enfraquecer a Petrobras e seu papel estratégico, com claros objetivos políticos, eleitorais e ideológicos. Fala-se sobre a compra da Refinaria de Pasadena (EUA), pela Petrobras, como se fosse o pior negócio do mundo. Omite-se que a operação fazia parte dos planos estratégicos da estatal desde 99, visando a investir em refino no exterior para lucrar com a venda de derivados de petróleo, sobretudo nos EUA. Visava também a utilizar o petróleo brasileiro do campo de Marlim, em crescente produção na época.
 
Sem o poder dos oráculos, para antever em 2008 o início da maior crise do capitalismo mundial desde 1929, o Conselho de Administração da empresa aprovou a compra, extremamente vantajosa, em 2005. As condições objetivas ditaram o negócio. Porém, desde o ano passado, com o reaquecimento da economia dos EUA, Pasadena passou a ter valorizados os seus ativos. É hoje muito lucrativa. É uma questão de tempo reaver o que foi investido.
 
A oposição PSDB/DEM, com sua mídia de apoio, tenta confundir a sociedade brasileira. Quer manchar a imagem da empresa e depreciar seu valor de mercado, para favorecer grupos estrangeiros de olho no pré-sal e contrários ao regime de partilha, que resguarda os interesses nacionais. Essa oposição, quando foi governo, conseguiu afundar a plataforma P-36, com prejuízos ao país de mais de US$ 2 bilhões, sem falar dos lucros cessantes; e, em 2000, privatizou a Refinaria Alberto Pasqualini por meio de troca de ativos com a Repsol argentina, do grupo Santander. Nessa transação, a Petrobras “deu” ativos de US$ 2 bilhões e recebeu ativos de US$ 170 milhões.
 
Lembremos: em 1994, o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, manipulou a estrutura de preços dos derivados de petróleo — a Petrobras teve aumentos de combustíveis 8% abaixo da inflação, e as distribuidoras tiveram aumentos 32% acima. Transferiram-se da Petrobras para o cartel das distribuidoras cerca de US$ 3 bilhões anuais, totalizando hoje mais de US$ 50 bilhões. Os números da era FH desmoralizam a oposição e os ataques atuais à estatal.
 
Mentira já desfeita é de que a Astra comprou a refinaria por US$ 42,5 milhões e a revendeu à Petrobras por US$ 1,2 bilhão. Os números são outros, conforme mostram Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, e a atual presidente, Graça Foster: a Astra desembolsou US$ 360 milhões antes de revender por US$ 554 milhões, dentro das condições de mercado de 2006. Pasadena foi adquirida a uma média inferior à de outras transações da época.
 
Comparada com outras refinarias vendidas na época, seus valores, mesmo depois dos conflitos judiciais, ficam em linha com outras operações do mercado.
Luiz Alberto (PT-BA)”
 
Artigo publicado originalmente no jornal o Globo, edição do dia 1º de dezembro de 2014
 
Equipe PT na Câmara
 

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