Loubet pede esclarecimento sobre ação da PM em Campo Grande

A operação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, realizada pela tropa de choque da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) para evacuar o ginásio poliesportivo do Bairro Vida Nova, em Campo Grande, na sexta-feira (23), precisa ser apurada com absoluto rigor e total isenção. “Estamos diante de um fato muito grave. Para preservar a ordem e a lei não é necessário violência, como fazem supor as fotos publicadas pela imprensa, nas quais aparecem pessoas com marcas de agressão que elas atribuem aos policiais”, salientou o deputado Vander Loubet (PT-MS), ao cobrar das autoridades responsáveis o esclarecimento do caso.

Cerca de 3 mil pessoas – segundo os sem-teto – ou 1.500, de acordo com a PM, entraram numa área particular na região do Nova Lima. No local, parte dessas pessoas havia ocupado casas do Residencial Iguatemi, construído exatamente para ser entregue a famílias de baixa renda e sem casa própria na Capital. Como a ocupação era ilegal, essas famílias foram despejadas judicialmente, saíram e se acomodaram na mata existente nas proximidades, juntando-se a outros sem-teto.

De acordo com os relatos, a polícia empregou gás de pimenta, cães e até bombas de efeito moral para executar a operação de despejo. “Há muitos depoimentos das pessoas despejadas denunciando arbitrariedade e truculência. Essas denúncias não podem ser desprezadas. Afinal, estamos falando de gente que passa por necessidades, de pais e mães de família que querem ter seu teto, um lugar para seus filhos, uma vida digna. E uma das coisas que o governo federal mais tem feito nesse País é investir na construção de moradias, direito que as autoridades locais precisam se esforçar para assegurar”, comentou Vander.

O deputado salientou ser necessário que tudo se esclareça. “Não se pode emitir juízo prévio, condenar ninguém. O que deve ser feito pelas autoridades é esclarecer rigorosamente o que houve. Ordem judicial tem que ser cumprida, mas o emprego de força bruta contra gente trabalhadora, se é que isso de fato ocorreu, não se pode admitir. Este governo estadual é ou não é um governo sério? A sociedade quer a prova do que diz a propaganda do governador”.

(Assessoria Parlamentar)

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