Líderes partidários e representantes de policiais e bombeiros se reúnem na próxima terça-feira para tentar definir um texto de consenso que viabilize a votação da PEC 300/08, que trata da remuneração da categoria. Reunidos nesta quarta-feira, eles não conseguiram fechar um acordo para a aprovação da matéria.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), acredita em uma solução para o impasse. “Estamos conscientes de que avançamos para um caminho de negociação. A tensão que existiu em relação a essa matéria é natural das disputas, das buscas das conquistas. Temos que reconhecer que os policiais de todo o Brasil vieram até aqui em defesa dos seus direitos. Todos sabemos da importância das forças de segurança para garantia da sociedade. E queremos demonstrar o apoio a esse caminho que está sendo construído para se conseguir votar essa matéria com a ajuda das lideranças dos policiais”, afirmou Ferro.
O líder do Governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), avaliou que houve um avanço nas negociações e a expectativa é positiva para a votação da proposta na semana que vem. “Demos um passo imenso porque as entidades dos policiais militares, civis e bombeiros aceitaram retirar o valor do piso salarial da Constituição, como queriam antes. Essa era a principal divergência e com a decisão da categoria acho que foi superada”, disse Vaccarezza.
Ainda de acordo com o líder do Governo, na reunião da próxima semana ele deverá apresentar um texto que poderá ser votado. “Os policiais aceitaram tirar o valor do piso da categoria da Constituição, mas pediram algumas garantias como a certeza de que em curto prazo o Executivo encaminhará o projeto de lei complementar com o valor, que ainda não podemos adiantar”, ressaltou Vaccarezza. Os policiais queriam incluir na Constituição o piso salarial provisório de R$ 3,5 mil ou R$ 7 mil (conforme o posto) que vigoraria até o estabelecimento de um piso definitivo.
Gizele Benitz
