O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), elogiou hoje (15) o pronunciamento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as acusações de procuradores da força tarefa da Lava–Jato. “Está evidente que há uma seletividade nas ações do Ministério Público contra o PT e o ex-presidente Lula”, disse o líder. “Os procuradores de Curitiba vestiram de vez a camisa antipetista e de perseguição a Lula”.
Para o líder, Lula deixou claro que são destituídas de qualquer fundamentação as acusações contra Lula referentes à propriedade de um apartamento no Guarujá e de uma chácara em Atibaia, ambas as cidades em São Paulo. Ele lembrou que os procuradores fizeram apenas uma pirotécnica apresentação com power point, sem apresentação de nenhuma prova contra Lula, baseando-se apenas na “convicção” de que ele é culpado, o que contraria um dos pilares da Constituição – o de que todo cidadão é inocente até que se prove o contrário.
Para Florence, está evidente de que a denúncia do MP contra Lula ou é um erro elementar ou é perseguição política. “Já virou rotina essa perseguição a Lula, como ele mesmo falou durante seu pronunciamento”, comentou o líder do PT. Afonso Florence recordou que entre os vários atropelos à lei, está a condução coercitiva de Lula ocorrida meses atrás, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, sem que tivesse havido sequer uma convocação para que o ex-presidente fosse depor.
Para Florence, há desvios claros na Lava-Jato, já que há seis denúncias contra o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) e outra contra o senador tucano e atual chanceler José Serra (PSDB-SP), mas nada foi investigado.
Em sua opinião, a denúncia do Ministério Público contra Lula é fruto de uma disputa política e ideológica, o que tem sido demonstrado na “seletividade das ações do MP contra o PT”. O líder petista observou que os procuradores de Curitiba cometem um erro primário: “Para haver indiciamento tem que haver investigação e provas robustas”.
Equipe PT na Câmara
Foto: Salu Parente/PTnaCâmara