Líder do PT elogia fim de greve e volta a defender reestruturação do Estado brasileiro

jilmarentrevista-280812O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), avaliou como positivo o fim da greve de 18 categorias de servidores federais ligados à Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público. Eles decidiram nesta terça-feira (28) aceitar o reajuste oferecido pelo governo de 15,8% dividido em três vezes até 2015 e encerraram o movimento.

“Na verdade, foi estabelecido um diálogo entre o governo e os servidores e, felizmente, para o bem do usuário houve o término da greve”, afirmou Jilmar Tatto. O líder lembrou que o processo de negociação continua, já que algumas categorias “ainda não se convenceram das dificuldades que o governo tem em dar aumento maior”, resumiu.

Jilmar Tatto voltou a defender um debate amplo sobre a reestruturação do Estado brasileiro. “Precisamos fazer um grande debate no país sobre esse tema, particularmente no Congresso, e o Executivo pode ajudar muito.”, disse. Ele ressaltou a situação delicada que se dá hoje no serviço público. “O governo não tem dinheiro para pagar o que o funcionalismo pede; aquilo que o funcionalismo recebe, do ponto de vista dos servidores é sempre pouco, e o usuário, que é quem paga imposto, reclama da qualidade do serviço. Então, se as três pontas estão descontentes, alguma coisa está errada e esse debate tem que ser feito”, sugeriu.

Regulamentação – Sobre a possibilidade de envio ao Congresso Nacional pelo governo da regulamentação do direito de greve para o serviço público, o líder do PT afirmou que esse debate existe desde a Constituição de 88. “Esse tema está no Congresso há muito tempo. Evidente que quando você tem um processo de greve e que afeta o serviço público, o tema volta ao noticiário. E nada mais acertado do que a gente se debruçar sobre o assunto porque, recentemente, teve alguns exageros e é preciso regulamentar para que o funcionamento de serviços essenciais aconteça e não prejudique a população”, ponderou Jilmar Tatto.

Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público, entidade que representa 80% dos servidores do Executivo Federal, aceitaram o acordo servidores da Saúde, Funasa, Previdência, Trabalho, Cultura, Fazenda, Funai, Agricultura, Arquivo Nacional, Imprensa Nacional, Museu do Índio, Planejamento, Justiça, Transportes, Embratur, Secretaria de Patrimônio da União, administrativos da Polícia Rodoviária Federal e Integração Nacional.

Gizele Benitz

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