Líder do PT defende plebiscito para a reforma política e descarta referendo

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Foto: Gustavo Bezerra
 
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), defendeu nesta sexta-feira (28) a realização de plebiscito para implementar uma ampla reforma política no País e refutou a posição contrária do condomínio PSDB,DEM e PPS, que preconizam o referendo. “Nós vamos para povo, nós queremos que a população seja ouvida”, avisou Guimarães. Para o deputado consultar a população sobre qual reforma ela quer “será um grande diferencial e tem todo apoio da Bancada do PT e dos partidos da base aliada no Congresso”, ressaltou.  
 
Para o líder do PT, é no mínimo estranha a postura da oposição de fixar-se num referendo em vez de apoiar o plebiscito, que vai ouvir a voz do povo brasileiro. “Acho que não faz sentido, quem se posiciona assim é porque quer deixar as coisas como estão”, observou. “Eles dizem que têm outras prioridades, mas sempre vamos tê-las  aqui na Casa. A oposição está perdida”.  
 
Ele lembrou que o PT sempre foi protagonista no processo em prol da reforma política, defendendo principalmente o financiamento público das campanhas eleitorais, já que a influência do grande capital nas eleições é uma das fontes dos grandes escândalos políticos do País nas últimas décadas.
 
Pacto nacional – Um grande pacto pela reforma política, centrado no plebiscito, foi o principal resultado de reunião entre os líderes partidários da base e a presidenta Dilma Rousseff, na quinta-feira (27), no Palácio do Planalto.  Segundo o líder do PT, a reforma política “é uma exigência do momento” e, por isso, a  base aliada na Câmara firmou compromisso em torno da consulta pública para implementá-la por meio de plebiscito.
 
De acordo com Guimarães, a reunião foi muito significativa principalmente por não se limitar ao tema específico da reforma política. “Fizemos um balanço do momento, discutimos os cinco pactos propostos pela presidenta”, contou. O pacto inclui reforma política, combate à corrupção, responsabilidade fiscal, com combate à inflação, e ações na áreas de educação, saúde e transporte público.  As lideranças de treze diferentes partidos afirmaram compromisso de votar matérias relacionadas ao pacto.
 
Na reunião ficou definido o diálogo permanente entre os líderes da base e o governo para agilizar o atendimento das demandas da população. A coordenação será feita pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
 
Conforme informou o líder do PT, na próxima semana o governo deve enviar uma proposta geral sobre o plebiscito. A partir daí será construído, regimentalmente, o debate na Câmara.  
 
O líder do PT deixou claro que, apesar da urgência do tema, não existe ainda prazo definido para a realização do plebiscito. “Nós vamos construir um roteiro para pautar aquilo que de mérito é importante ser ouvida a população”, afirmou. 
 
 
 
Jonas Tolocka 

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