O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), criticou hoje (9) tanto a Operação Lava Jato como o governo usurpador Michel Temer pela destruição e o enfraquecimento de empresas nacionais, ocasionando a perda de milhares de empregos e a desnacionalização da economia do País. Segundo ele, a Lava Jato promove um verdadeiro ataque às empresas brasileiras, em nome do combate à corrupção, enquanto Temer promove uma política predatória de atração de empresas estrangeiras, a custas da indústria nacional e das riquezas do país, como o pré-sal.
Ao falar em reunião da frente Parlamentar da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, Zarattini observou que a Lava Jato, conduzida pelo juiz Sérgio Moro, é um caso único no mundo, pois ataca diretamente as empresas, levando à sua destruição. “Em outros países, nos casos de corrupção em empresas, busca-se punir seus controladores, mas elas continuam funcionando normalmente, especialmente as nacionais. Aqui é completamente diferente, a justiça conduzida pelo juiz Sergio Moro liquida as empresas nacionais e permite que as estrangeiras continuem funcionando sem nenhuma punição”.
Há outro agravante, de acordo com o líder petista: a Justiça tem impedido a Petrobras de contratar empresas brasileiras, mas libera as estrangeiras, mesmo as envolvidas em casos de corrupção.
Emprego e renda – O parlamentar alertou que a indústria nacional e outros setores interessados em criar empregos e renda no Brasil, para o país chegar a outro patamar de desenvolvimento, precisam se unir também contra a política antinacional que o governo Temer tem implementado. “Estamos no mau caminho para sair da crise econômica, pois está em curso a desnacionalização da economia, da indústria à infraestrutura”.
Zarattini lembrou que grandes empresas nacionais da área construção, por exemplo, já foram vitualmente liquidadas pela Lava Jato. Para piorar, o governo ilegítimo Temer anuncia agora a mudança da política de conteúdo nacional estabelecida durante o governo Lula (2003/10) para a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços na cadeia de produção de petróleo e gás, gerando emprego e renda para o país. “A política de conteúdo local gerou milhares de empregos no Brasil”, disse Zarattini.
Além disso, as mudanças já aprovadas pelo golpistas para a exploração do pré-sal, tirando a Petrobras do papel de operadora única, é outro ataque monumental aos interesses nacionais, na análise de Zarattini. Segundo ele, o governo golpista quer transformar a Petrobras numa empresa sem nenhuma importância, abrindo mão de seu papel no desenvolvimento nacional e abrindo o pré-sal para as petroleiras estrangeiras.
“A Petrobras vai encolher com a política em curso, vai-se transformar em uma empresa média”, alertou o líder do PT. Ele observou que nos cinco leilões para a área do pré-sal neste ano, não haverá presença da estatal. “E empresa de petróleo que não renova suas reservas, acaba. Reservas são finitas. Estamos vendo que empresas de petróleo no mundo – e muitas estatais – já têm problema de decadência de seus campos. E os grandes campos de petróleo estão no Canadá e aqui no Brasil, no pré-sal.”
Cobiça- Zarattini alertou que as gigantescas jazidas de petróleo do pré-sal são um “elemento da cobiça internacional”, dai a ação das petroleiras estrangeiras, junto com os golpistas que aqui defendem seus interesses, para “tirar a Petrobras do jogo, transformando a estatal em empresa de porte médio e nenhuma relevância no panorama mundial e brasileiro”.
Defender o pré-sal, a Petrobras, a indústria nacional e a política de conteúdo local significa, segundo Zarattini, apostar no desenvolvimento econômico e social do País. “O pré-sal é fundamental para esse salto em nosso desenvolvimento; do contrário, vamos ser apenas um país exportador de produtos agrícolas e minérios”.
Equipe PT na Câmara