Líder do PT aciona TCU para investigar uso político da CEF por Bolsonaro e Pedro Guimarães

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PR), protocolou ação no Tribunal de Contas da União (TCU) na qual solicita a realização de auditoria em contratos da Caixa Econômica Federal referente ao programa SIM Digital, criado no período eleitoral do ano passado pelo ex-capitão Jair Bolsonaro (PL). Segundo o líder, a CEF foi usada como “arma de campanha durante a eleição presidencial”, por meio de manobras que causaram “calote bilionário, com a ajuda de Pedro Guimarães, ex-presidente da instituição. A petição pede a responsabilização dos agentes políticos e dos administradores envolvidos.

Segundo o líder do PT, liberação de empréstimos pela CEF no período eleitoral aponta “fortes indícios de irregularidades, abuso de poder político e econômico, favorecimento e aparelhamento “a fim de beneficiar o ex-presidente da República, que pleiteava sua reeleição”. Diz ainda o líder, na petição: “Em especial, há indícios de utilização e dilapidação de patrimônio público para fins particulares, em total arrepio aos princípios constitucionais que orientam a atuação da administração pública”.

Líder Zeca Dirceu. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

De acordo com a representação, medidas provisórias assinadas por Bolsonaro tiveram como objetivo atingir a parcela “mais pobre da população brasileira”. Uma, conforme a petição, criou uma linha de microcrédito para pessoas com nome sujo. Isso possibilitou que até as eleições, a instituição emprestasse R$ 3 bilhões no programa denominado de SIM Digital, sem que o dinheiro retornasse ao banco estatal. A inadimplência chegou a 80% neste ano e parte do rombo deve ser coberto com verbas do FGTS, diz o líder do PT, citando reportagem do portal UOL.

Calote bilionário

A segunda MP liberou empréstimos consignados ao Auxílio Brasil. “Com isso, entre o primeiro e o segundo turno das eleições, a Caixa liberou R$ 7,6 bilhões por meio do programa”, diz a representação. Zeca Dirceu observa na ação que essa MP fez com que os valores dos benefícios fossem reduzidos. Já no atual governo Lula, um pente-fino realizados excluiu do Bolsa Família 100 mil devedores, por não terem os requisitos para receber o benefício, o que faz com que o pagamento das parcelas se torne incerto.

Na petição, o deputado frisa que em relação ao consignado no Auxílio Brasil a CEF iniciou a oferta entre o primeiro e segundo turnos das eleições, concentrando 80% dos créditos, na média de R$ 447 milhões por dia útil. “Curiosamente, após o resultado do segundo turno, no mês de novembro, a Caixa cortou o consignado sem aviso prévio ou comunicado oficial ao público”.

Zeca Dirceu destaca que a “empreitada eleitoreira “ custou a queima de reservas da CEF. Os ativos de alta liquidez – quantidade mínima que o Banco Central obriga as instituições bancárias a terem sempre disponível, para evitar uma quebra –  chegou ao final do período eleitoral a R$ 162 bilhões, quantia R$ 70 bilhões a menos que no ano anterior, constituindo o volume mais baixo da série histórica iniciada em 2017.

 

Leia a íntegra da representação:

Rep. TCU Bolsonaro e Guimarães_

 

Redação PT na Câmara

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo