Líder do governo tenta acordo para reajuste de 7% para aposentados

12-04-10-plenario-D2O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira (12) que fará uma nova rodada de negociação com líderes da base aliada para tentar fechar um acordo que garanta aos aposentados que recebem acima de um salário mínimo, um reajuste de 7%, retroativos a janeiro deste ano. Vaccarezza é o relator da medida provisória (MP475/09), que concede um reajuste de 6,14% à categoria. “Essa será a última tentativa, sem o acordo, no meu relatório constará os 6,14%, propostos pelo governo”, afirmou.

A intenção do líder Vaccarezza é conversar com a base aliada antes do início da Ordem do Dia desta terça-feira para que a MP seja apreciada ainda nesta semana. “Com acordo ou sem acordo vamos votar. Precisamos dar uma resposta aos aposentados”, afirmou. Ele disse que espera convencer os líderes da importância de se aprovar um reajuste que esteja dentro do Orçamento do governo. “Não podemos aceitar demagogias ou discurso eleitoral para um acordo superior aos 7%. O governo terá que fazer um grande esforço para pagar os 7%, uma vez que a previsão orçamentária garante apenas os 6,14%”, argumentou.

Na avaliação do deputado Vaccarezza, os 6,14% já representam um ganho excepcional aos aposentados. “Tenho absoluta certeza de que os aposentados estão satisfeitos com essa correção, que é bem superior à inflação do período. Quem está reivindicando mais é a associação”, afirmou.

Alerta – O líder do governo ressaltou que os aposentados estão sendo prejudicados pela demora na apreciação da MP. “Enquanto a medida provisória não for votada, os aposentados não recebem o reajuste retroativo a janeiro. Se, por exemplo, Câmara e Senado votarem a medida até o final deste mês, já em 1º de junho, além da remuneração do mês corrente, os aposentados poderiam receber a diferença dos meses anteriores”, alertou.

Vaccarezza também chamou atenção para o prejuízo que pode significar para os aposentados o fato da base aliada, tanto no governo como no Senado, insistir na votação de um reajuste superior aos 7%. “Se o Congresso aprovar, por exemplo, os 7,7% como defende alguns parlamentares, não restará ao presidente da República outra alternativa que não seja a responsabilidade fiscal do veto”. Se isso acontecer, alertou, o prejuízo para os aposentados poderá ser ainda maior pois terá que ser emitida uma nova Medida Provisória com um reajuste próximo aos 6,14%. “Essa demagogia eleitoral pode representar uma tragédia para os aposentados”, ressaltou.

O líder do governo disse que em ano eleitoral essas votações que têm apelo popular serão bandeiras de demagogia de muitos. “Mas o nosso governo é sério e age dentro do rigor fiscal. Foi assim em 2006, quando o Congresso aprovou para os aposentados uma correção muito superior a inflação do período e o presidente Lula, mesmo sendo candidato à reeleição não teve outra alternativa a não ser vetar o reajuste”, relembrou Vaccarezza.

Vânia Rodrigues

 

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